nunca vou poder me juntar ao circo

*

“algumas pessoas têm facilidade para fazer essa pose. essas com certeza poderão se juntar à trupe de um circo”

Convidada por uma amiga fui fazer uma aula de ioga. Ponderei e refleti por um dia, até resolver ir. Já tive experiências suficientes com ioga, desde quando me contorcia de macacão de malha azul turquesa numa academia em Campinas no inicio dos anos oitenta, passando por diversas outras academias em Piracicaba, Saskatoon e finalmente a derrocada no Experimental College em Davis, onde finalmente joguei a toalha e admiti: ioga não é a minha praia. Eu não tenho flexibilidade suficiente, não consigo fazer as respirações, não tenho equilibrio, nem concentração. Sou aquela que sempre está fazendo tudo ao contrário, caindo para o lado e olhando o que os outros estão fazendo com cara de espanto.
Mas pensei, não custa tentar mais uma vez. E fui.
As paredes espelhadas da sala denunciavam minhas emoções com relação àquela aula de contorcionismo. Até que eu fiz quase todas as poses, sem desmaiar, despencar de pernas prá cima ou soltar um peido. Mas não foi fácil. Minha cara demonstrava meu horror, espanto, choque, incompreensão. Como essa gente consegue? Ela quer que eu faça o quê? Nunquinha que eu vou colocar meu nariz no joelho! Jamais que eu vou contorcer meu corpo todo para trás dessa maneira! Jesus Cristo, que absurdo de pose escalafobética é essa?!!
Sobrevivi à mais uma tentativa de ser odara. Não sei por que eu insisto, já que está mais do que provado que eu não tenho vocacão nenhuma pra coisa.

  • Share on:
Previous
não comprei uma bicicleta
Next
cores de outono
  • Hahahahaha!! Eu fui fazer uma aula de Yoga umas semanas atrás e ADOREI! Só fiz uma até agora, mas pretendo fazer outras. É esquisito, sim, mas eu adorei. E que coincidência a gente só agora, a essa “altura da vida”, resolveu experimentar isso, hein?
    ;^)
    Beijocas e tenta de novo!

  • Fer, nem quero ler os comments pois sei que alguém já terá dito isso, mas o meu é original:-)
    Não conheço pessoa mais zen que você.
    Sim, claro que dentro da *zenitude* vc se contorce, tem medos e inseguranças que são o nosso pão de cada dia, e coisa e tal..
    Mas, no fundo, vc é zen e sei o que digo, pois você nada e bem;-)
    Certo?
    ****
    Ah!
    E eu me acabo de rir com essas expressões de-li-cious: tentativa de ser odara (hohoho) e escalafobéticas. Ali em cima, a *carona* da sunny;-)
    Vou fazer análise de texto e dar exemplos de crônicas suas quando vierem pedir minha opinião hohoho.
    beijos, querida, mas desculpe, eu rio muito aqui.
    (Ah! eu recebi ontem da personal dividi consultor, Miss Congeniality II
    Iuhuu!

  • Lu, mas eh ioga ou meditacao?
    Ana, tbm sou mais natacao, sem duvida alguma!
    Leila, ainda estou pensando..
    Tereza, que inveja do seu treino de coral! eu sao tao ridiculamente desafinada, que tenho ate medo de tentar….
    BeijaO!

  • Eu fiz umas iogas o ano passado mas era sem acrobacias. Eu nao me concentrava porque so fazia dormir. Acho que ioga é bom pra você se tornar zen mas tem que ser sem exercícios, porque uma preguiçosa como eu não tem pique pra essas coisas. O problema comigo é que eu nao tenho paciência pra fazer ioga muito tempo. Encho o saco.
    Fer! Meus cantos no coral são o máximo!!! Me esguelo com prazer (mas com classe, Madame, s’il vous plaît…:o):o)) e é bem melhor do que a ioga, muuuuuito bem melhor.

  • Fer, e aí, vai continuar insistindo mesmo?
    Nas poucas aulas de yoga que fiz, eu até conseguia acompanhar, ficar equilibrada e concentrada, mas não tenho flexibilidade alguma, sempre precisei “adaptar” os movimentos (pior ou igual a mim, só os alunos homens). É humilhante ver aquelas pessoas que conseguem fazer todo o contorcionismo sem dar um ai…
    Prefiro mesmo uma boa sala de musculação, o que eu preciso é endurecer os músculos!
    Bjs,

  • Ioga é um porre mesmo. Eu bem que precisaria de uma coisa zen, mas haja saco, prefiro nadar e chegar mortinha em casa do que tentar acalmar os meus nervos fazendo acrobacias 🙂 Beijocas.

Deixe uma resposta para Ana LuciaCancelar resposta

o passado não condena