não sou o seu contador

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Uma coisa que eu considero o fim da picada da grossura é gente que fala de dinheiro como se estivesse falando do tempo. Em cinco minutos de conversa você praticamente teve acesso à conta bancária e orçamento da figura. Você não sabe se o tipo gosta de maçã ou banana, mas sabe quanto ele ganha, quanto ele gasta, com o que ele gasta, onde ele faz o imposto de renda, como ele é esperto e sempre tira vantagem financeira de tudo, quanto ele paga de conta de luz, quanto isso, quanto aquilo, quanto aquele outro. Eu escuto com uma resistência enorme, porque na verdade não quero realmente saber. Tento fazer um lalálalálalá mental, que nem sempre funciona, então tome números, engula cifrões e faça a digestão se puder.

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o passado não condena