nem fui, mas voltei

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Fiquei doente e tive um texto pronto pra escrever aqui, de como resistimos à parar, desativar, descansar. Sarei, voltei às rotina e não escrevi nada. O Uriel me disse que o Stephen Hawking acreditava em deus. Discuti com ele, porque não sei o que significa isso. Falo coisas que nem sei o que significam como jesuiscristo e peloamordedeus pela minha criação católica, só isso. Hábito que a gente tem e fala sem nem perceber.

Tava toda pimpona e animada treinando mindfulness e daí faço a maior pataquada mindless, porque estava multitasking, fazendo mil e uma outras coisas. Coloquei a frigideira com azeite e cebola no fogo e voltei [desembestada] três horas depois. Fiquei inconformada, não posso mais fazer isso. Não é seguro.

É realidade que o email está morrendo. Mesmo no trabalho acabamos usando outros tools mais instantâneos e eficientes como Slack. Email só mesmo pra coisas mais oficiais, que precisa ter record. Mas mesmo com a redução das mensagens de email tenho duas versões de assinatura, uma dizendo somente Thanks, Fernanda que uso o tempo todo e outra com meu título e endereço, telefone, etc, que uso ocasionalmente. Porque pra mim não tem coisa mais irritante que um thread de email com todo mundo usando aquelas assinaturas gigantes, listando titulo de PhD, websites, facebook, twitter, logo do departamento. gente, pelamordedeus já estamos no século XXI faz tempo!

Tento fazer a minha hora do almoço a hora de me alimentar, dividir a mesa com outros, conversar. Levo prato, talheres, guardanapo, forro a mesa. Sou geralmente a primeira a sentar e todo dia muitos se juntam a mim. É normalmente gostoso, o papo flui. Tas tem aqueles que se juntam à você mas não conseguem largar do smartphone e ficam conversando e checando coisas. Ou te mostrando coisas. Tipo, eu já te sigo no Instagram minha filha, não vamos passar a nossa hora de almoço você me mostrando suas fotos, né? ou as fotos dos seus amigos que eu nem conheço. Chato demais isso!

Minha vontade é perguntar—where do you get all this crap? mas fico quieta, porque não quero entrar em treta.

A farmacêutica iluminou meu dia quando disse—essa vitamina não é pra você não, é só pra mulheres acima dos 50. Não sou dessas que esconde a idade, mas foi um elogio bem-vindo.

Os balões do Napa Valley estão de volta no meu céu matinal!

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