Nós, fãs do mitológico Robert Johnson, devemos tudo à Son House. Ele foi a primeira influência de Mr. Johnson, que decidiu seguir o caminho do mestre, mas contou com uma ajuda extra, negociada com o demo. Virou um exímio guitarrista e até ensinou o enteado, o outro Robert [Jr. Lockwood]. Por causa de um marido ciumento ele virou um mito. Escapou de cair na obscuridade - ser mais um negro morto em circunstâncias estranhas, sem cuidados nem investigação alguma, no sul dos EUA - graças à tenacidade de Alan Lomax. E foi preciso esperar seis décadas para ver o trabalho dele popularizado. Uma saga de quase um século e uma história que eu não canso de escutar.
Tô até ficando sem graça de comentar... mas você, hein, Fer?!?! Essa semana teu blog está o fino!!! O fino!!! Sensacional.
Nem vou falar nada. Deixa Robert Johnson cantar o que eu estou pensando... :)
Abração, Fer!!!
Oi, Fer!
A gente tem essa foto pregada na cortiça do Ricardo em um selo. Aliás é uma fila de selos. Tem, além de Robert Johnson, Muddy Waters, Billie Holiday, Jimmy Rushing, Howlin' Wolf e Bessie Smith.
Mas o que chamou a atenção do Ricardo quando viu essa ilustração aqui (ele contou que é sobre a única foto existente do cara) é que ela não foi "mutilada" como no selo. Sim, a onda do politicamente correto deletou o cigarro da ilustração que temos.
A prática é comum em outros cantos. Para o material de divulgação do festival de Paris foi escolhida uma linda foto feita por Pierre Verger de um mulato com um charuto na boca. Só que a divulgação ficaria restrita (não poderiam colocar cartazes no metrô, por exemplo) se as peças mostrassem alguém fumando. E assim todos os folders, cartazes e cia. saíram com uma foto adulterada do grande pai de santo francês.
Beijo,
CC