Foi uma apresentação chiquérrima. Eu conhecia a companhia e sua fama, mas nunca tinha visto nenhuma dança deles ao vivo. Li que Martha Graham é considerada uma força artística primordial do século vinte, junto com Picasso, Stravinsky, James Joyce e Frank Lloyd Wright, nomeada pela revista TIME como a dançarina do século e pela People magazine como um ícon do século. Ela fundou a compahia em 1926 e conduziu os bailarinos por setenta anos. Gostei de saber que além de tudo o que ela fez e influenciou, ela deu treinos de expressão corporal para grandes atores, como Bette Davis, Gregory Peck, Joanne Woodward e Kirk Douglas.
A companhia apresentou coreografias da década de 30 e 40, com figurinos originais, idealizados por Martha Graham. Belíssimas peças, com música executada pela sinfônica da UCDavis. A técnica de dança desenvolvida por Martha Graham é baseada em movimentos humanos básicos, então as danças não têm acrobacias nem muitas piruetas, mas são perfeitas e geniais na sua simplicidade.
Quando eu entrei no teatro, quarenta minutos antes das portas se abrirem para o público, a pesada cortina de veludo azul subiu e pude ver os bailarinos se aquecendo e o diretor checando pequenos detalhes. Adoro ver essas coisas, que normalmente o espectador não vê. É interessante ver os bailarinos com seus moletons, fazendo passos das danças de maneira não organizada. Dá um sentimento de proximidade, que mostra que eles são pessoas como nós, sem maquiagem e figurino especial. Isso aconteceu também quando vi a companhia de teatro novaiorquina The Acting Company, encenar o chatérrimo Richard III no ano passado.
Fer Guimaraes Rosa - October 24, 2004 10:23 AM"Cacilda Becker", então é muito bom. É como a tia do meu amigo que trabalha no Municipal do Rio. É muita canja pra um só! Maravilha. Ele me chamou uma vez pra umas batucadas da Mangueira. Eu gosto, mas francamente a batucada eu prefiro na rua, na quadra da escola ou num bar. Daí ele me convidou pra ver o criativo balé O Corpo do Rodrigo Pederneiras e graças a Deus era uma espécie de "pout-pourri" diferente do que eu tive o prazer de ver em Paris. Vou arrumar um emprego assim. hehe
Gigi, eu vejo esses shows todos, com extra de ensaios, porque trabalho no teatro.... :-)
Tereza, hahaha, fui la reler o texto e tbm ri... eu tava inspirada, hein? Escrevo bem qdo tenho meus ataques de ranhetice! BeijAO!
Sor-tu-da !!!
Fer, gostei muito do ultimo paragrafo e dos "detalhes" que você dà.
Acabei de ler o primeiro post do "some days in other years" e estou aqui rindo... concordo contigo.
Agora me lembrei... hehe Confundi Pina Baush com a Graham.. Bem, eu amo dança; tô perdoada. As duas são ótimas mesmo, só que uma já se foi... Falha nossa.
Ela é sem dúvida muito importante na história da dança, assim como Isadora Duncan, Nijïnsky, etc. É no filme "Fale com Ela" do Almodóvar que ela dá uma canja, não? Ou estou me enganando.. Uma vez li uma frase dela: "o artista não está à frente do seu tempo; os outros é que estão atrás". Abraços e que sorte assistir a tamanho espetáculo.