Led Zeppelin é TUDO! Eles são puro rock‘n’roll, apesar de terem cometido a falha de ‘esquecerem’ de dar créditos aos velhos bluesmen, nos quais eles se inspiraram descaradamente. Bom, isso não vem ao caso agora. O negócio é que ontem por acaso eu vi na tv o documentário The Song Remains the Same, que o grupo fez em 1976.
Tirando as partes fantásticas de delírio hipongo e os efeitos especiais que hoje são quase cômicos, as duas horas e quinze minutos do filme são diversão pura! Gravado durante vários concertos que o grupo fez no Madison Square Garden, em New York, o documentário mostra a banda no ápice da energia. Todo mundo faz seu solo [que é quando aparecem as histórias psicodélicas, de magos, príncipes e tal] e arrasa. John Bonham detona na bateria, que no solo final tem até direito a gongo incandescente e tudo mais. John Paul Jones discreto lá nos teclados e baixo, vive o seu delírio de mascarado medieval. Jimmy Page todo suado, manda ver nas guitarras, que ele toca maravilhosamente. E o anjo Robert Plant, com uma calça jeans apertada e cocota, sem cueca, canta lindamente, como uma versão bichola da Janis Joplin. O filme começou às 11:30pm e eu já estava morrendo de sono, me preparando para ir pra cama, mas quem disse que consegui desgrudar os olhos da telinha da tv? Fui até o final, porque uma oportunidade como essa era imperdível!
Pra quem quiser ler uma análise minuciosa do documentário The Song Remains the Same do Led Zeppelin, um inglês fanático pela banda destrincha tudo, tintin por tintin, neste site.