December 12, 2001

em público

Saí do jornal, onde preenchi um formulário e deixei meu currículo e portfolio, com uma sensação de que tinha feito um erro de ortografia numa palavra. Como pode alguém ir pedir trabalho num jornal e fazer um erro destes no formulário?? Argh! Eu tenho um gene recessivo que me deixa assim tonta, de vez em sempre.... Agora fiquei com isso na cabeça. O Ursão diz pra eu desencanar, mas não dá!

Eu nunca tive um celular. Muitas vezes não sei se isso é bom ou ruim. Em algumas raras situações eu já senti falta de ter um. Mas eu acho que um celular não tem muita utilidade pra mim. Por isso nunca comprei um! O Ursão tem – que é pro trabalho. Faz falta ele não ter um. Mas pra mim, normalmente tanto faz como tanto fez. Além do mais que eu tenho uma personalidade ultra-super-hiper discreta [há há! E faz um blog, né??!!] e falar num telefone em público me dá uma sensação super estranha. Ouvir as pessoas falarem também é desconfortável. Na fila do correio [é Natal!] eu fiquei atrás de uma mulher que conversava pelo celular com a mãe. Não pude deixar de ouvir a conversa - só mesmo se eu colocasse os dedos nos ouvidos e cantasse lálálá pra evitar. Então levei uns minutos pra ‘figure out’ quem era e o que estava acontecendo. Resumo da ópera: a mãe tinha acabado de bater o carro e estava histérica. A pessoa do outro carro estava descontrolada e gritou com ela [vai ver ela fez a maior cagada]. O policial que fez a ocorrência tomou partido do outro carro. Injusto, disse a filha. E o pescoço da mãe doía e ela não sabia se pelo baque da batida ou pela tensão da confusão. Eu já estava com nó no estômago de ouvir a mulher falar com a mãe.... Que coisa chata. Realmente, um telefone celular não me faz falta.

O que eu estava fazendo neste mesmo dia, no ano passado ?

Fer Guimaraes Rosa - December 12, 2001 10:00 AM
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