na ida:
Voo doméstico Sacramento–Dallas, um indiano viajou no assento da janelinha ao meu lado. Quando serviram as bebidas ele abriu a mesinha, tirou um saco de papel marrom não sei de onde, dentro do saco de papel estava acomodado um outro saco de plástico cheio de arroz com misturas que ainda parecia estar quente. Ele abriu um pacotinho metálico e jogou um punhado de coisinhas crocantes dentro do saco com arroz e mistura, descolou uma colher de plástico e se fartou de comer o farnel caseiro. Logo depois abriu um livreto todo em sânscrito e ficou rezando em voz alta. Eu tinha trazido um sanduíche de ovo e uma salada de edamame comprada por uma fortuna no aeroporto de Sacramento que não consegui comer de tão ruim. Da próxima vez, já sei.
na volta:
Voo internacional São Paulo—Dallas, eu abri o compartimento de bagagem e caiu uma mala em cima da cabeça do viajante atras de mim, um americano. Foi um festival de desculpas da minha parte e de caras de tromba da parte dele. Mas a culpa não foi minha, a mala [da própria vítima] estava muito mal ajeitada lá em cima. A longa jornada noite adentro estava apenas começando. Durante o jantar derrubei vinho na mesinha, empastelei arroz no vestido e passei mal, acabei tendo que vomitar no banheiro. Cheguei bem, o enjoo passou depois de três dias.
nas idas e nas voltas:
Já notei que tem sempre uma monja viajando no mesmo avião que eu. Será que isso é um bom sinal?
Amo o chucrute, mas é aqui que dou muitas risadas.
Beijos.