zé pinote

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Eles sujam a casa toda, espalham a areia do banheiro, enfarofam a cozinha, bagunçam tudo o que podem, me atrapalham quando estou fazendo as minhas coisas, pois eles pensam que a casa é deles e que o centro do mundo é eles. Quando eu tenho que limpar o dabliucê todo encocozado, penso reclamando como uma ranzinza que eles só me dão trabalho, que joça, isso fede demais, como pode mijar e cagar tanto, será o benedito? Mas tudo na vida tem seu lado ruim e o seu lado bom e o lado bom de ter gatos supera de longe esses pequenos detalhes do lado ruim.
Não tem um dia que eu não dê altas gargalhadas por causa deles. Eles me divertem de uma maneira especial, me acalmam, me fazem refletir sobre as coisas simples, me deixam relaxada e são protagonistas de incontáveis histórias engraçadas.
Tomando o meu banho matinal, ouço um barulho estranho no quarto. Desembaço o vidro do chuveiro com a palma da mão e olho para o quarto através do espelho do banheiro. Numa visão ainda um pouco embaçada pelo vapor da água quente eu vejo um tal felino rabudo e xereta passar para um lado do quarto dando pinotes, o rabão arqueado. Continuo olhando pelo espelho e caio na gargalhada quando a cena pimpona se repete e se repete e se repete… Ele passa pra lá e pra cá pinoteando umas dez vezes. O que será que ele está fazendo? Não vejo o Misty, então ele não está tendo um ataque de perseguição ao pobre velho gato. Está simplesmente tendo um ataque de pulação, dando pinotes no quarto, fazendo aquele barulhão danado e me proporcionando a visão de uma cena e tanto e muitas boas risadas!

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  • Olá, Fer!
    Vou me juntar aos outros: também adoro quando você conta as histórias dos seus gatos.
    Tenho dois cachorros e, como você, vivo tropeçando nos bichos pela casa, pois eles andam atrás de mim o tempo todo. Se estou na cozinha, ficam os dois esparramados no chão e morro de medo de deixar cair algo neles.
    Às vezes quando estou limpando a casa, passando aspirador pra tirar uns dois quilos de pelos, ou quando estou tirando os jornais da varanda, lavando, jogando desinfetante, também tenho estes pensamentos do tipo “ai, que saco limpar tudo isto”, mas a recompensa é infinitamente maior. Toda a alegria e diversão que o Rafael e Alice me proporcionam não têm preço. O amor incondicional vale todo o trabalho que se tem com os animais.
    um beijo
    Márcia

  • Como gosto quando você conta diabruras dos seus gatos… sabe que volto atrás no seu blog só prá procurar comentários deles?
    Bjs e afagos nos dois.

  • Oi Fer!
    Há quanto tempo eu não escrevo nada 🙂
    Sabe, você é uma das poucas pessoas que me fazem gostar de ler posts sobre gatos. Aliás gosto de ler seus textos desde quando quase ninguém ainda sabia o que eram blogs. ‘Cê sabe, né?
    Bem, queria desejar felizes dias futuros pra você, afinal ano novo é muito passageiro 😉
    Beijoca
    Marcus
    ps. Ei, gostei desse esquema de digitar o número para evitar spam. Ainda não tinha visto.

  • Sabe Fer, adoro as histórias dos seus gatos. No final, não é só vc que se diverte com eles, mas a gente que lê seu blog se diverte por tabela. Eu sempre fui meio frustada por não ter gatos. Quando eu era pequena, adorava tê-los em casa e, de vez em quando, ganhava um filhote da minha avó paterna que criava vários. No entanto, o resto da família preferia os cachorros e os dois, cachorros e gatos, nunca se davam muito bem. A maioria acabava sempre vencendo. Agora, novamente, temos uma linda labrador em casa lá em Floripa (que também nos diverte a bessa), mas sempre que vejo um gato lindão como o Misty continuo desejando um felino! Vc sabe se pode dar certo??? Aí, quem sabe um dia né?
    Beijão!!!

  • ha ha ha ! O rabudo xereta brinca e pula sozinho 🙂 Posso até ver a cena ! Mas olha com dois deve ser uma maravilha porque eles podem brincar juntos se perseguirem mutuamente. Aqui em casa atualmente sou eu que estou fazendo o papel do outro gato, corro, me escondo, brinco de luta, até de quatro fico para brincar 🙂 E adorei essa do Zé pinote ! :-))) ho ho ho ! Beijos

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