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Lindo dia de SOL!
Morar no país mais consumista do mundo tem seus pitfalls, porque às vezes eu me sinto oprimida com tanto compra-compra, gasta-gasta. Época de Natal então é uma coisa horrorosa e se você não está no mesmo ritmo, fica se sentindo uma marginalizada. Eu ainda nem comecei a fazer nada e estava pensando em bolar uns presentes diferentes pro Ursão e pro Gabriel. Algo que não seja só entrar numa loja e comprar algo. Eu já dei um $$$ pro Gabe, que ele precisava pagar umas continhas! 😉 Mas não queria presentear como todo mundo, queria fazer algo simples mas especial. Uma matéria no SacBee de hoje mostrou o Natal de algumas pessoas que estão simplificando e saindo da roda-viva do consumismo. Alias, o movimento da simplificação aqui nos EUA está ficando forte. Acho que muita gente caiu na real de que estava chegando no final de alguma linha e que tudo aquilo não satisfazia. Muita gente diminuiu horas de trabalho, mudou-se pra casas menores e mais funcionais, cortou gastou supérfluos – e tudo isso no meio de um crescimento econômico enorme, o que mostra que não se precisa de crise econômica para se aprender a viver mais simples. O Andrew (me agüentem falar dele por um tempo!) disse que consegue viver com 7K por ano. Tá certo que ele mora no Alaska, mas realmente dá pra viver com pouco dinheiro neste país. É só uma questão de se organizar e não cair de boca no consumismo neurótico. Os desperdícios que eu vejo acontecendo todo santo dia, por todo canto…. Ohmy!
Ontem sai à noite pra andar e pensar e acabei na biblioteca central da UCDavis! Eu só fui uma vez naquela biblioteca. Nem na biblioteca da cidade eu vou, porque antes não tinha tempo e agora não tenho saco. Preciso repensar essa atitude, né? 🙂 Bom, o que aconteceu é que entrei assim sem nenhuma intenção ou propósito e na primeira fileira de livros que olhei, dei de cara com centenas de livros em português – um monte de chatices teóricas sobre o Brasil! Tinha uns 30 volumes da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, publicada pelo IBGE. Também vi Casa Grande e Senzala (* gostei da tradução: The Mansion and the shanties) do Gilberto Freire e outros tantos livros sobre todo tipo de assunto: A revolução de 30, Getúlio Vargas, Amazônia, D. Pedro II, o nordeste, os negros, Rui Barbosa, o folclore, história…. Alguns livros em inglês, mas a maioria em português. Eles compilavam uns três corredores, os dois lados das prateleiras abarrotadas. Interessante! Os autores, Azevedo, Gomes, Calmon, Prado, Silva, Trindade, Cabral e até um tal de PINTO, autor de Trópicos Úmidos – HAHAHAHAHA!
Ontem o Paulo ligou. Estava indo pra New York com a Iri e as meninas. Nessa semana ele esteve em San Francisco segunda, Seattle na quinta e vai pra festa de Natal do Banco neste findi em NY. Que vida chata, hein?? 😉 Mas viajar nesta época do ano é uma pain in the ass, porque acontecem nevascas pro leste e neblinas pesadas no oeste, fora a quantidade de gente viajando pra lá e pra cá. Chicago já está atolada em neve e até choveu gelo. Uma tempestade assim de gelo quase destruiu Ottawa uns anos atrás. Eu lembro do Robert contando que eles ficaram sem eletricidade por semanas. Frightening! Aqui o tempo está bom e o dia está lindo! Vou lá for a aproveitar!