Fotos

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Um dia em San Francisco, em tão boa companhia como a Eli, faz um bem danado! Chegamos em Davis tarde e cansadas, muito felizes por ter escapado de mais um dia de calorão dos infernos. Fizemos muitas coisas e papeamos até não poder mais. Daqui um mês a Eli volta pra casa dela, na Noruega, e eu acho que vou chorar muito…. Sei lá…. Não é todo dia que encontramos alguém com quem você se identifica tanto, que é igual você, que pensa e reage igual você e com quem você se sente completamente à vontade. Bom, a Eli nasceu no mesmo dia que eu! Coincidentemente, somos librianas também! 🙂
A viagem de trem é legal. Trens são sempre um charme! Eu viajei muito de trem na minha infância, quando os trens de passageiros ainda eram uma opção ao ônibus [os ‘cometões’!!]. Pegamos o trem errado, que estava indo pra San Francisco mas era o ‘reservado’. Não vi muita diferença……. A Eli fez amizade com o cara dos bilhetes, que ficou contando com um sotaque horrível as viagens dele pela Europa. Em Emeryville pegamos o buzunga-connection e em vinte minutos estávamos no Pier1, em San Francisco. De lá fomos comer bagels e tomar suco, enquanto esperávamos a galeria abrir.
A Ansel Adams tinha só duas mostras – a da Annie Leibovitz, que estava muito linda e a dos fotógrafos premiados pela revista Mother Jones. As fotos da Leibovitz eram enormes e nos encantamos com os detalhes das mulheres fotografadas. Vimos que a Jerry Hall [amamentando o Gabriel Jagger com um peitinho meio caído] tem celulite e varizes!!! Quase inacreditável!! 😀 😀 A mostra dos fotógrafos da Mother Jones estava um pouco pesada. Eram todas fotografias muito políticas, com temas fortes [mineiros no México, drogados nos EUA, crianças de rua da Rússia…]. Fotos P&B no estilo do Sebastião Salgado, com um menos glamour. Interessante, mas não estava prazerosa.
Compramos postais e livros na lojinha da Galeria e fomos pro SFMOMA , onde ficamos horas e horas, até doer as pernas e a sola dos pés! O MOMA tinha uma instalação de arte digital chamada ‘010101: Art in Technological Times’ , que estava legal. Muita coisa não fez sentido pra mim, mas eu gostei muito de uns bonequinhos, que foram feitos de uma maneira incrível [o último ‘grito’ em tecnologia]. Eu entendi que a artista tirou uma foto da pessoa com uma câmera que registra a imagem em 360 graus. Essa imagem foi digitalizada e tri-dimensionada. Um computador scaneou a imagem e jogou um plástico que foi moldando o boneco. O resultado é incrível! O bonequinho [como um action figure ] fica exatamente igual à foto que foi tirada da pessoa, só que em terceira dimensão. É uma foto transformada em objeto…. Só olhando pra entender! 🙂
Numa das mostras de fotografia do MOMA, tinha um trabalho de um fotógrafo brasileiro chamado Vik Muniz. As fotografias me encantam, sempre! 🙂

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