right here, folks!

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Sunny and warm – Hi 91° F/32° C
Senhoras e senhores! Procurando fatos ordinários sobre o dia-a-dia de uma pessoa terrivelmente comum, vivendo no norte da Califórnia? É aqui mesmo!
Quinta-feira foi o dia que eu senti medo. Uma sensação de que algo vai acontecer, um pessimismo, um véu negro transparente cobrindo a visão, um nó nas tripas, angustia, paranóia. Pra completar o cenário, uma ventania barulhenta ajudou a desordenar os pensamentos e emaranhar os sentimentos. Foi ruim. Mas passou.
Ontem fomos ao Festival do Salmão no Natoma Lake. Um evento popular – onde se vê o povo – sem conotações intelectuais. Muita gente, muitas crianças. Shows de música, comida, famílias devorando pratos de salmão na brasa, com coleslaw e milho cozido. A hatchery estava aberta ao público, então pudemos ver a criação de salmões. Desde peixes pequenos, até os gigantescos. A instalação fica na beira de uma represa. No caminho de ida e volta, fui reparando [porque tava difícil não reparar..] na quantidade de bandeiras dos EUA nos carros. Em cada cinco carros, pelo menos três ostentavam bandeiras: em adesivo, de pano ou pintadas nas janelas com tinta guache. No festival eu também reparei inúmeras camisetas com a bandeira, ou roupas com as cores vermelho/azul/branco, bandanas com motivos cívicos, pinturas no corpo. A quantidade de motivos patrióticos exibidos estava batendo os normalmente vistos no 4th of July…
Um duo tocava violão e cantava, numa tenda agradável na beira do lago. Ouvimos uns acordes familiares enquanto a cantora pronunciava as palavras de ‘Manhã de Carnaval’ com um sotaque tão horrível, que tava na cara que ela era uma americana que apenas decorou as palavras em português. Mas depois ela cantou alguns números de jazz em inglês e estava bem melhor. Agradeceu a nossa participação na apresentação de ‘Jazz & Samba’ deles……. SAMBA???
Na hatchery também havia um palco, onde vimos passar uma banda mexicana, outra japonesa de tambores e quando já estávamos indo embora, paramos porque uma banda negra tocava um funk contagiante e ficamos ouvindo e dançando com a cabeça e pés – i live in americaaaa!

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o passado não condena