In The Bedroom

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Comentando filmes com minhas colegas de trabalho, eu quis saber o que uma delas tinha achado de In The Bedroom. “It’s disturbing, v-e-r-y disturbing.” , ela respondeu.
In The Bedroom é um filme triste, pesado, devagar, deprimente. Mas não é pra menos. Na história, Ruth e Matt Fowler [Sissy Spacek e Tom Wilkinson – em excelentes performances] perdem seu filho único, Frank [Nick Stahl] num crime passional e brutal. Ele estava envolvido com uma mulher [Marisa Tomei] separada do marido violento. A mãe tenta alerta-lo sobre o perigo daquele relacionamento. O pai, sempre carinhoso com o filho, diz que está tudo bem. A vida da família não tem nada de especial, não tem nenhum grande conflito aparente, eles parecem felizes e normais, até que acontece a tragédia.
O filme é sobre como essa família muda com a morte do filho. As reações da mãe e do pai, a tristeza, a raiva [o assassino está para ficar quase impune], a impotência diante da morte e das leis que não protegem as vitimas, a solidão, a culpa. A lentidão das cenas reflete todo o pesar e os sentimentos que envolvem perder um único filho de forma bruta e inesperada.
O pai volta ao trabalho imediatamente após a tragédia. A mãe se fecha num casulo, fumando e vendo tv dentro de casa. O pai procura ex-namorada do rapaz, que foi o pivô da tragédia. Ele quer saber dos filhos dela, como ela está. A mãe não consegue perdoar a pessoa que ela considera responsável pela morte do filho.
Numa família não é mais ou menos assim? O pai muitas vezes faz coisas diferentes da mãe. Cada um tem sua maneira própria de ver as coisas e educar e as diferenças podem ser marcantes. Os pais de In The Bedroom agiram diferentemente na educação do filho e chorando a sua morte. Mas no final eles unem-se nessas diferenças para fazer o que acreditam precisa ser feito. Também achei o filme perturbador. É um filme áspero e rígido, mas é também um filme muito bonito.

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