welcome party
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Consegui me virar e descolar uma roupeta chic para a festa de ontem. Para o padrão americano, eu sempre estou acima da média, mesmo com o meu guarda-roupa não muito sofisticado.
A festa estava muito bem organizada, como tudo aqui nessas paradas. Conhecemos algumas pessoas e eu sentei ao lado do vice-chancellor para Campus Community Relations e travei um convercê animadíssimo com o cara. Ele me deu umas dicas legais para a minha busca de emprego. Até sugeriu um mestrado em Berkeley, para me deixar mais competitiva [oh, well….]. Contou muitas histórias interessantíssimas, até da lua de mel dele com a segunda esposa, que foi no Rio de Janeiro. Ele contou que ficou encantado com um arco e flecha dobrável que uma índia vendia no calçadão em Copacabana e teve problemas na alfândega, voltando para os EUA, quando o funcionário barrou o arco, pois ele era enfeitado com penas de algum pássaro. Como ele conseguiu passar o negócio pela alfândega é a história mais surreal que eu já ouvi. O cara da alfândega disse que o arco não podia entrar nos EUA porque continha ‘penas’ que eram consideradas pela lei como ‘partes de um animal’. Bom, o cara simplesmente disse ‘mas isso não são penas…… são ORNAMENTOS..’ e conseguiu entrar com a arma indígena no país. Bom, o ano era 1988. Hoje não sei se enganaríamos esse pessoal da alfândega assim tão fácil….. Aliás, era capaz do cara acabar preso, carregando um arco e flecha dentro do avião!! ha ha!
Também socializamos com uma professora japonesa da escola de medicina e seu marido americano saxofonista. Acabamos só falando de música, deixando os trelêlês acadêmicos de lado.
A comida estava boa, o vinho estava ótimo e o Chancellor foi rápido no discurso. Só na entrada, quando o Chancellor e a esposa nos recebiam na porta, para uma conversinha rápida e fotos, que o Ursão deu um fora…… Ficamos nos rachando de rir depois… Acho que ele ainda não se tocou do status que ele carrega.