Bird

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Revi outro dia na tevê Bird do Clint Eastwood. O filme relata fatos da vida e da carreira do saxofonista Charlie “Yardbird” Parker, interpretado maravilhosamente pelo excelente Forest Whitaker. Eastwood usou na cena final uma história que os aficcionados de jazz já conheciam: Bird morre no sofá da casa da amiga e o policial fazendo a ocorrência infere a idade do músico por volta de uns 65 anos , quando a amiga o corrige, pois ele tinha apenas 34.
A seqüência que eu mais gosto neste filme é quando Parker forma um grupo e segue em turnê pelo sul dos EUA. O problema é que um dos membros da banda era branco – o trompetista Red Rodney. Bird resolve a questão, transformando Rodney em Albino Red. Então o grupo viaja pelas cidades segregadas do sul, tocando em todo tipo de venue. Numa delas, uma espécie de estábulo, onde os brancos ficavam na parte de cima – como se fosse um balcão – e os negros embaixo, em frente ao palco, dançando até não poder mais. Eu pensei que se pudesse estar lá, queria ficar ali embaixo no gargarejo, no buxixo animado…. só se eu conseguisse me fazer passar por albina também!

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