Save Me
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Eu sou do tipo que acredita em ‘mensagens’. E ontem vi dois filmes que me passaram algumas.
Um deles, ninguém vai achar que ele tenha alguma mensagem pra passar. Mas tem! É Flashdance de 1983, que eu já tinha assistido outro dia ao lado do Ursão, enquando comentávamos o que fazíamos em 1983 [cuidávamos juntos do baby Gabe e ele terminava a faculdade de engenharia agrícola]. Ontem revi o filme conversando com ele outra vez, mas sobre outros assuntos. Coisas do presente, que estão me confundindo. E a mensagem de Flashdance é bem simples e clara: vá atrás dos seus sonhos. Lindo, né?
Na seqüência, comecei a ver Magnolia e não deu pra parar. É quase impossível não se deixar envolver no fluxo dos diferentes dramas entrelaçados. Eu acreditei que poderia ver só até a parte em que todos cantam juntos e então ir dormir, mas não fui capaz. Às duas horas da manhã eu estava sentada na privada, chorando, limpando as lágrimas com a manga da camiseta, ouvindo a música tocar enquanto os créditos finais rolavam na tela de tevê. Pensando nas ‘mensagens’ do filme, lembrei que vivi essa mesma cena dentro do banheiro de um cinema em Sacramento, sentada na privada, chorando, tentando me acalmar e voltar para o lobby, onde um atordoado Ursão me esperava sem saber o que dizer ou fazer. Eu chorei convulsivamente desde os créditos iniciais de Dancer in the Dark até o final, quando a situação ficou descontrolada e tive que correr e me esconder dentro do banheiro. É um filme que nunca vou querer rever.