last minute person

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Pelo menos eu sou consciente das coisas que faço. Sou procrastinadora, mas tenho pleno conhecimento dessa minha imperfeição. Claro que eu vou enrolar, claro que eu vou deixar tudo pra amanhã, claro que vou fazer tudo no último minuto. Estava contando pra minha mãe a história de ter pedido uma semana pra reescrever o paper e ter ganhado um dia. Eu barganhei conforme a minha personalidade e se tivesse recebido os sete dias, iria empurrar tudo com a barriga nos primeiros seis dias e só iria trabalhar duro no sétimo. Então a concessão de um dia foi perfeita, porque esse era o tempo que eu realmente necessitava. Sem folga pra embromar.
Ontem não fiz nada de escola à tarde. Fui caminhar. Tirei fotos das folhas de outono. Lavei verduras. Fiz uma sopa e joguei tudo no ralo da pia. Fiz noodles com frango e comi com desgosto, porque ficou horrível. Liguei pra minha mãe. Preparei pacotes de correspondência pro meu irmão. Escrevi e-mails [sempre atolada e atrasada]. Li o jornal. Lavei roupa de cama, mesa e banho.
Hoje, comecei a trabalhar. Parei. Li correspondência. Recomecei. Parei. Estou aqui escrevendo. Eu quero chegar lá na república das fulanetes bem preparada e calibrada, porque não quero deixar elas resolverem nada por mim. Mas até às oito da noite tenho tempo.
Pau que nasce torto, morre torto….

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o passado não condena