e eu ainda insisto

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Todo ano eu fico irritada, reclamo das injustiças [na minha opinião], acho os vestidos feios, as caras falsas, os discursos piegas. Mas ontem, a festa do Oscar bateu o recorde da chatice. Nunca assisti a uma entrega de prêmios tão monótona, previsível e chata. Minha bunda ficou quadrada e meu bom humor foi pras cucuias.
Comecei a assistir a chegada dos artistas e os comentários dementes da Joan Rivers às três da tarde, quando começou a cobertura do red carpet. Fui pulando de canais – Style, E! e ABC. Notei que todos os repórteres entrevistavam as mesmas pessoas e faziam as mesmas perguntas. A coitada da Sofia Coppola já não tinha mais o que responder – “como você está se sentindo por ser a primeira mulher americana a ser indicada para o prêmio de melhor diretor?” Ahhhhh!
Bom, pra não dizer que detestei tudo, admito que gostei da cantoria e das piadinhas corretas do Billy Crystal. Eu acho que ele é o melhor apresentador para o Oscar, pois tem todo o estilo pra essa festa. Também gostei da homenagem ao Blake Edwards, a música que o Jack Black e Will Ferrell cantaram sobre os discursos de agradecimento, o Oscar de Melhor Roteiro para a Sofia Coppola e o Oscar de Melhor Ator para o Sean Penn [apesar de ter sido uma premiação previsível]. O resto foi aquela mesma pataquada de sempre….. nunca bocejei e me mexi tanto na cadeira, como neste Oscar 2004.
Adorei a cantoria do Black e Ferrell, porque os discursos de agradecimento do Oscar [e de qualquer outro prêmio] são de uma chatice incomensurável…. Repararam quantas declarações de amor às “beautiful wives” foram feitas ontem à noite?
E só pra não deixar o meu momento style court passar em branco:
horrorosas da noite: Uma Thurman, Renée Zellweger [sempre deselegante..] e Samantha Morton.
elegantes e bonitas da noite: Jennifer Garner, Charlize Theron, Naomi Watts e Scarlett Johansson.
O resto não cheirou, nem fedeu.

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