lousy monday

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Hoje eu acordei cansada e ainda estou me sentindo assim, fazendo tudo num ritmo mais devagar, como se tivesse arrastando bolas de ferro amarradas às minhas pernas. Tem dias que parecem que pesam nos nossos ombros. Coincidentemente esse dia pesado é uma segunda-feira, o que dá margem para muitos comentários e reflexões relativas ao segundo dia da semana.
Fui nadar. Nem sei como. Cheguei no ponto em que nem penso mais em desculpinhas pra não ir nadar, nem em dias de chuva, nem de frio, nem de chico, nem pras segundonas de chumbo. A manhã passou rapidamente e quando olhei no relógio já eram 10:30am. Sem pensar ou piscar fui para o banheiro me besuntar de sunscreen e vestir o biquinão de nadar. Quando estou na água da piscina o astral melhora. Esqueço até que comecei o dia devagar e que ainda tenho mil coisas [chatas] pra fazer. Estou certa de que ultrapassei a fronteira que divide fazer exercício por pura obrigação e realmente curtir praticar um esporte, mesmo não sendo uma atleta. Tenho me perguntado, será que finalmente encontrei meu nicho esportivo? Eu só vivi esse entusiasmo uma vez na vida, quando pratiquei caratê por três anos, de 86 a 88. Primeiro eu ia me empurrando, depois fiquei animada e batia o ponto nas aulas, mesmo quando tive que mudar para Piracicaba e acabei numa academia lixo que tinha no centro da cidade, com tatami fedorento e frequentada por uns orangotangos agressivos.
Minha hora na piscina do Davis Aquatic Masters foi o ponto alto do meu dia. Tudo o mais que fiz até agora foi chato, monótono e feito por obrigação. E ainda tenho muitas horas e muitos afazeres pela frente. Mal posso esperar para pôr um fim nesse dia boçal.

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o passado não condena