o que é bom na vida

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Escrever é uma coisa boa. É divertido, é desopilante, é uma maneira de fixar um acontecimento na memória. Eu gosto de escrever, mas é sempre melhor quando posso fazer do meu jeito, com o meu senso de humor que nem sempre é engraçado, com a minha tendência para inventar palavras, com o meu sotaque de estrangeira, com minhas irritações, minhas idiossincracias e espontaneidade.
Sair no quintal é uma coisa boa. Olhar as sementes germinarem, as plantas crescerem, as flores se multiplicarem. Eu abro a porta de vidro, que faz um barulho peculiar. Assim que eu fecho a porta atrás de mim, caminho pelo quintal com um sorriso maroto e contando os segundos… um, dois, três, quatro, cinco… Olho pra trás e lá está o gato com a cara no vidro. Ele ouviu o barulho da porta abrindo e quer me acompanhar. Esse é o melhor momento da minha saída ao quintal! É quando eu dou uma gargalhada e volto para abrir a porta, onde a estátua peluda me aguarda ansiosa pra sair também e ir comer graminha e cheirar as plantinhas. Enquanto ele aproveita isso tudo, eu colho rosas, arranco o mato e fiscalizo e inspeciono todos os cantinhos.
Esperar alguém chegar de viagem é uma coisa boa. Dá uma felicidade enorme quando o telefone toca e você ouve um ‘vem me buscar’ do outro lado da linha.
Comer queijo com marmelada em pé, na frente da geladeira é uma coisa boa.
Fazer planos é uma coisa boa.
Realizá-los é melhor ainda!

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