um minutinho

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Quando não escrevo sobre um assunto na hora, vai ficando difícil escrever sobre ele depois que tudo já passou. Então não sei se vale a pena dizer que corri pra cima e pra baixo a sexta-feira inteira, que cheguei em casa podre e que o Uriel foi comprar uma sopa pro jantar. Vi An American in Paris em dvd, tricotei avidamente, dormi como uma pedra. Eu fico irritada quando vamos receber visitas e eu fico correndo pra lá e pra cá, enquanto outros cuidam da vida. No sábado preparei tudo – nos micro-detalhes – para um almoço no quintal. Fiz salmão na churrasqueira, aspargos no vapor, purê de batatas, saladas. Almoçamos com a Reidun, Marianne e Gabe. Mais tarde tivemos mais visitas. Fomos às compras nas antique shops de Woodland. Tomamos margaritas e mordiscamos nachos com salsa. Dançamos, aplaudimos e nos emocionamos num concerto de Gospel onde o David tocou guitarra. Jantamos pizza de-lite às 10 da noite. Dormimos como uma pedra. Eu só faço breakfast quando temos visitas. Normalmente cada um faz seu café solúvel, eu não tenho apetite pela manhã e o Uriel gosta de fazer quase um brunch e ler o jornal. Domingo fiz o café da manhã tradicional, com ovos mexidos, queijos, presunto, suco, café pilão, pães, geléia, manteiga… Caminhamos pelo Whole Earth Festival olhando os artesanatos. Esse é o final de semana onde quem não tem o hipongo life style, tem a chance de se vestir como tal. E quem tem, provar que o sonho não acabou. Pra mim essa festa anda perdendo a graça, a não ser pela música, que às vezes é boa. Almoçamos em família num restaurante. Tomamos chá de hortelã em casa, filmamos a Marianne dizendo ‘oi’ em Português, conversamos um pouco mais e falamos ‘tchau’. O Uriel arrumou as malas e eu o levei no fleet service. Caminhei com a Marília. Tricotei. Esqueci de jantar. Vi aquele filme onde o Harrison Ford se esconde na comunidade Amish. Achei o menino a cara do Pedro. O Uriel ligou da estrada. Dormi como uma pedra. Ainda não desfiz a mesa do almoço de sábado no quintal, nem ajeitei a cozinha com a louça suja do breakfast de domingo. E hoje vai ser um dia daqueles. Se der, volto amanhã!

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o passado não condena