amigas
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Vira e mexe eu cruzo com uma garota na natação que sempre me cumprimenta efusivamente. No começo eu achava que não era comigo, respondia ao cumprimento, mas depois checava os lados e atrás, pra ver se não tinha alguém ali e se eu não tinha feito um papel de pateta respondendo uma saudação dirigida à outra pessoa. Não, a moça toda sorridente estava mesmo falando comigo. Oh, well, pensei, vai ver ela é simpática assim com todo mundo, mas ficava sempre uma pulga atrás da orelha, pois você não abre um sorrisão e solta um ‘hi!!! how are you!’ todo animado para meros companheiros de piscina, gente com quem você nunca conversou.
Hoje, estava me trocando no vestiário quando essa moça entrou. Me viu e já abriu o sorrisão e eu ouvi o famíliar ‘hi!!!’ todo amigável. Mas desta vez ela puxou papo e tudo se esclareceu.
– você já voltou do Brasil?
– [??] ew…. sim…… em junho……
– e aí? achou muitos peixes?
– [peixes??? what the heck! oh… plim!!] você está pensando que eu sou a Patricia, mas eu sou a Fernanda! a Patricia ainda está no Amazonas, volta em setembro.
– ahhhh! ha ha ha! prazer, eu sou a … [obviamente que não memorizei o nome dela]
A garota estava me confundindo com a Patricia. Eu achei isso legal, pois a Patricia é uma pessoa superbacana, uma ótima amiga, que eu adoro. Mas apesar de ter o mesmo jeitão desengonçado, de ser morena, ter a mesma altura e também nadar com uma touca com a bandeira do Brasil, eu sou doze anos mais velha do que ela e esse pequeno e insignificante detalhe poderia ser o ponto crucial na identificação de quem é a Patricia e quem é a Fernanda. Não é? Pisc! Tô mesmo achando que essa simpática nadadora está realmente precisando usar óculos!