límbico

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O feriado foi ontem, mas a folga é hoje. Nada mais justo! Embora aqui não se conjugue o verbo “folgar”, vocês sabem. Ontem forcei uma parada de algumas horas no esquema do workaholic, que então bebeu limonada, comentou o filme do Michael Moore, comeu salada com pão, deu risada, conversou e até jogou bocha. Hoje, já voltou à rotina. Não seguimos o calendário que todos seguem. E não é minha culpa!
Fiz um errão na tricotagem da manta. Paralisei de horror! Tenho medo de desfazer as carreiras e arrumar o defeito. Ainda preciso comer muito feijão, até poder entrar pro clube das verdadeiras tricoteiras.
Fui até Sacramento, numa sexta-feira à tarde, véspera de feriado, porque queria olhar uma loja de “beads” que tem lá. Sacramento fica a apenas quinze minutos de carro daqui, se não tiver trânsito – o que é literalmente impossível numa sexta-feira à tarde, véspera de feriado. Na volta me atrapalhei na malha de freeways e peguei a estrada que vai pra Fresno! Me xinguei muito, mas esse é o preço que se paga por ser a rainha das invenções de moda.
As formigas voltaram e estão no meu banheiro. Eu estou com uma dor de cabeça que não passa. Não tem comida na geladeira. O dia vai ser quente de rachar. As lavandas estão secando. De miçanga em miçanga, colarezinhos coloridos vão surgindo. À noite, paisagem da lua por entre as árvores. De manhã, os raios de sol deitados no travesseiro. Hoje é uma segunda-feira que não conta, mas apesar disso, o esquema por aqui continua o mesmo.

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o passado não condena