Play that funky music

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Fomos dançar num bar em Sacramento. Chegamos tarde, a banda já estava tocando e não havia um lugar para sentar. O jeito foi tomar uma Corona com limão e ir dançar. Dançamos então, muito.
Era um bar de Blues e então a freguesia estava numa faixa etária entre trinta e poucos e cinqüenta e poucos. Todo mundo casual demais. Brancos, negros, latinos. Uns casais querendo dar passos de ballroom dance no espacinho apertado da pista de dança do bar. Uns bebuns dançando de maneira muito engraçada. Um cara altíssimo, muito alto mesmo. E dançava com uma mulher tão alta quanto. Eu gosto desse tipo de lugar, porque você pode ir vestido como quiser, dançar como quiser, beber o quanto quiser, ou não beber nada se quiser e se divertir à beça, sem se preocupar se está agradando, se está com a roupa da moda, se alguém está te olhando ou reparando. Esses bares de Blues são “território livre”!
A banda, excelente, tocou R&B, Funk, sucessos da Motown, Prince, Sly Stone…. Eu dancei até o pessoal ficar um pouco folgado demais e começar a me empurrar demais. Detesto muvucas. Comecei a ficar cansada, tropecei e me desequilibrei três vezes e quis sair da pista de dança. Fomos sentar numa mesa perto da porta. Quando fomos embora a banda ainda estava mandando bala. Mas eu dançei o que precisava.
…….dancin’ and singin’ and movin’ to the groovin’ and just when it hit me somebody turned around and shouted – play that funky music white boy, play that funky music right…..

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just a hint…

o passado não condena