i am a lonesome hobo

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Um lindo dia de sol e me animei para ir nadar, já esperando aquele choque térmico entre o vestiário e a água. Não foi tão ruim quanto eu imaginava. Entrei na raia três que estava vazia. Eu não ousaria cometer essa audácia se a piscina estivesse cheia. Braçadas, braçadas, braçadas, bofes de fora, determinação, braçadas, braçadas, braçadas, paro e vejo do outro lado da piscina um cara entrando na minha raia. Pareço ser uma pessoal totalmente anti-social, mas é incontrolável, nessas horas não consigo evitar pensamentos como “oh, não, esse chatonildo vai entrar bem na MINHA raia?”. Eu não sou uma pessoa de grupo, turma, time. Gosto de fazer tudo na minha, sem ter que me entrosar com ninguém. Infelizmente no mundo dos esportes, isso é uma tarefa difícil – e talvez por isso eu não seja o tipo esportivo.
Bom, o cara entrou na minha raia e já começou o plano de enturmação. Sabe aquele tipo “hey ho let’s go!” que deve ter sido ou poderia ter sido um cheer leader na juventude? Pois esse é o Paul, que entrou na água e já começou a montar o time dele comigo, me esperando para iniciar um novo set, fazendo comentários motivadores sobre o meu desempenho, contando raias, puxando papo em todas as tomadas de fôlego. Eu fui logo avisando “you don’t need to wait for me if you don’t want to. i don’t wanna hold you up..”. Mas não adiantou. Ele continuou me esperando alegre, sorridente e pronto pra elogiar meu desempenho e me incentivar no novo set. Eu vou com a onda nesses casos, mas eu não gosto. Sou individualista, gosto de fazer as coisas sozinha, não gosto de torcida, nem de fazer parte de times. Não gosto de socializar quando estou nadando, especialmente com pessoas que eu nem conheço. É como o famoso papo de fila, mas esse tema é história pra outro post.

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o passado não condena