singing along

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É muito, muito, muito difícil pra mim escrever aqui. Não é falta de assunto, pois sempre fui famosa por conseguir tirar histórias de pedras. O problema é que eu só sei comentar sobre a vida ao meu redor e por isso a dificuldade de me expressar sem citar pessoas e suas relativas histórias. Vai que a personagem do meu texto entre aqui, se reconheça e não goste, se ofenda. Além do que já ouvi meu marido martelar quatrocentos e cinquenta e sete vezes na minha orelha que não quer aparecer, que prefere a privacidade. Assim não dá…..
Eu custei a admitir que tenho uma alma travesti. Tudo que brilha me atraí. Preciso me controlar pra não sair por aí comprando coisas que irão comprometer a minha imagem classuda minimalista. Mas a verdade é que eu a-d-o-o-o-r-o-o-o um paetê! Ontem caí de amores por umas sapatilhas de bailarina. Tinha dourada e prateada, super confortáveis, super baratas, mas não tinha o meu número [ufaa..!]. Fico enlouquecida, mas depois que a minha compra se frustra, caio na real e penso o que seria de mim andando por aí com uma sapatilha prateada…. Passo os olhos e os dedos sobre túnicas indianas bordadas com fios dourados, echarpes cheias de miçangas e pingentes e chacoalho a cabeça para ver se a vontade de comprar se dissipa….Salva pelo bom senso, no último segundo!
Acho que posso dizer que sou boa em dar o primeiro passo, me aproximar, acolher, abrir o espaço para um novo relacionamento. Mas não corro atrás de ninguém. E não agüento chatices e pentelhices. Não gosto de ouvir críticas não solicitadas, nem analises psicomancóticas da minha personalidade. Sem dizer que valorizo quem ouve e dou três passos pra trás com quem fala demais.
Transtornos de morar em downtown: ouvimos barulhos que os moradores dos suburbios nem imaginam existirem.

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  • Eu também adoro um brilho. Sempre sempre que o preço é bom eu compro um brilhinho ou outro. A minha sorte é que moro em uma cidade carnavalesca, então uma vez por ano (ou até mais) dá pra botar pra fora a perua numa boa…
    Ah! Também curto perucas…Hehehhehe. Também me realizo com elas no carnaval.
    🙂

  • e pq nao fazer uso de codinomes camaradas para as tais pessoas? faço muito disso. mesmo pq, no meu caso, eu mesma nao gosto de abrir minha vida assim com nome, endereço e cpf. mas tb nao esquenta. tua vida está nas tuas fotos. isso é claro. pra mim é. (voltei dos isteites. tratei a pele à óleo na raça. a cabela é q é incrível. aí era o ondulado q eu sempre desejei. aqui, mais liso que casca de ovo. blé.) beijos!

  • Ih, Fer, outro dia tive um ataque desses. Fiquei fascinada por um monte de bijuteria extravagante… mas me contive! 🙂
    o mantra “sai perua, que este corpo não te pertence” funciona que é uma beleza!

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o passado não condena