Absolute Ensemble: Arabian Nights
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Já passava mais de uma hora do horário previsto para o término do show e os músicos sorridentes, liderados pelo jovem maestro, tocavam animadamente como se não houvesse um amanhã. Eu já estava me contorcendo na cadeira e fazendo comentários pra mim mesma – chega, that’s enough, peloamordedeus eu quero ir pra casa! A platéia começou a se retirar lentamente e eu sentia dores nas pernas, na bunda e um tédio monstro que me fazia bocejar a cada vinte segundos.
Música clássica encontra o jazz, a improvisação e a música tradicional árabe. Até parece interessante, não? Seria, se todas as músicas não tivessem o mesmo ritmo hipnótico e monótono, e se o show não tivesse sido tão longo. O maestro Kristjan Järvi é jovem e entusiasmado, dança enquanto rege e fala coisas engraçadinhas ao microfone para explicar cada número. Mas exagerou até nos minutos finais, quando apresentou músico por músico da orquestra, enquanto cada um fazia um pequeno solo. Já pensaram quanto tempo levou para a orquestra inteira fazer solinhos individuais? Quando Järvi finalmente fez o movimento final e se virou para os aplausos do público, houve uma debanda em massa. Mas ele ainda fez um encore!! Aaah, ninguém pediu, mas ele fez!
2 Comments
hahaha
Será um problema cultural, mil e uma noites e tudo o mais, ou os moços se empolgaram com a plateia de ocidentais?
Você tava trabalhando nesse show?
Vai lá no meu blog ver em que babado a gente se meteu essa semana que tá terminando…
Foi diversão pura, você ia adorar participar.
Beijo, beijo
PS – chegou o correio por aí?? ;o)
mas não era para ser mil e uma noites?