Sempre a mesma história…

*

— Você é do Oriente Médio?
— Nãoo…
— É da Itália?
— Nãoo..
— Hmmm…
— Dúvido que você adivinhe.
— É do Sul? América do Sul?
— Sim.
— Hum… Equador?
— Nãooo…
— Venezuela?
— Nãooo..
— Hmmhh….
— Sou de um país que recebeu uma grande imigração de italianos.
— Argentina!
— NÃOOOO!!!
— Brasil!
— Sim!
Cruz credo, viu… nem sei porque me presto a esses diálogos bestas. O que interessa saber de onde eu vim? Eu sei que tenho essa cara multicultural de Samira Magnani, mas ainda fico incomodada quando sou abordada por alguém falando turco, persa ou tunisiano comigo. Bom, admito que é um pouquinho melhor que ouvir o famigerado “Hola!”

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Esse papo já tá qualquer coisa…
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cada uma que me aparece por aqui…
  • porque será que a gente precisa ser sempre de algum lugar…sei lá…pra mim já basta ser. estar. será que faz muita diferença ser da bolivia ou da suecia ou de uma micro ilha no meio do pacífico? sei lá…um beijo.

  • hahahaha
    Muito bom. Comigo, quando não era o indefectível “Hola que tál” ou o “Ciao, bella” já começava com : Turquia, Marrocos?
    Que preguiça…
    adorei isso aqui.
    beijos

  • sei bem como é isso. tive a época de todo mundo achar que eu era alemã ou qualquer coisa do gênero, agora o povo deu de achar que eu sou turca, libanesa e afins. eu, libanesa, percebe?

  • Puxa, Solange, imagino mesmo a confusão que você deve causar neles, he he he!
    Fer, o meu sotaque aqui nos EUA normalmente é confundido com russo, romeno, francês etc. Mas eu não tenho a menor cara de “eastern european”, e sim de brasileira ou portuguesa, no máximo espanhola ou francesa. Pela minha pele meio olive, eu poderia parecer árabe, persa ou grega se tivesse o nariz mais adunco, mas não é o caso.
    No entanto, quem já teve amigos brasileiros reconhece o meu sotaque na hora. Como aqui em Sacramento a imigração brasileira não é significativa, são poucos os que tiveram contato com nosso sotaque.

  • Nossa, quando estou por aí e o povo me escuta falando português, eles levam um susto e alguns perguntam da onde eu sou, pois ficam bem curiosos. De qualquer forma, os chineses costumam se dirigir a mim falando em chines. Alguns chineses ficam BRAVOS porque eu respondo em ingles e não em chinês. Mas não dou satisfação da onde eu vim e muito menos que a minha descendência é japonesa. Fico quieta só rindo por dentro.
    Beijos

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o passado não condena