a casa da tia

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Durante a minha infância, o melhor passeio que existia era visitar a casa das minhas tias. Cada qual com seu jeito diferente, todas me encantavam com suas casas e seus estilos de vida diferentes. Numa delas era o lugar da farra, das brincadeiras impensáveis de se fazer na minha casa, na liberdade total, na comida caseira, nos bolinhos da tarde. Na outra era a sofisticação e fartura intelectual, livros, discos, quadros nas paredes, arte espalhada pela casa, mil histórias sendo contadas, discussões inteligentes, comida sofisticada. Noutra era o estilo, a modernidade, as dicas de estética e beleza, as piadas que me faziam chorar de rir. Cada uma das minhas tias tinham certas qualidades que me atraiam.
Agora ouço os meus irmãos dizerem que as minhas sobrinhas amam a minha casa e adoram vir me visitar. Minha sobrinha Paula quando alguém pergunta onde ela quer ir, escuta como resposta—na casa da tia Fê! Minha sobrinha Catarina está há uma semana aqui nos EUA, passeando por parques temáticos e perguntando o tempo todo—quando vamos chegar na casa da tia Fê? Eu me sinto tão feliz com isso, pois sei o quanto é mesmo gostoso ficar hospedada na casa da tia. Nem que seja pra ficar fazendo nada, só vendo tevê, lendo revista e ouvindo o convercê dos adultos.

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