a grama é verde–verdíssima

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Lá pelas três da tarde, depois que envio meu pacote de publicação do dia, saio para uma longa caminhada. Preciso esticar as pernocas, arejar. Tento fazer isso duas vezes por dia, mas normalmente acabo fazendo só nesse horário da tarde. Dou uma volta enorme pelo centro do campus, circulo uma área bem extensa de gramado, chamada de Quad. Agora que os dias estão prazeirosos e bonitos, a grama fica salpicada de gente, deitada, sentada, dormindo, estudando, comendo, usando o computador, conversando, jogando frisbee ou bola. Gosto da maneira com que as pessoas aproveitam as áreas verdes, os gramados. Muitos, a maioria estudante, nem usam uma coberta, nada. Sentam direto na grama gelada, tiram os sapatos, relaxam.
Domingo caminhei pelo arboretum da universidade na hora do almoço. São três milhas de pista dupla ladeando um riacho bem comprido, onde tem patos, tartarugas. E uma vegetação extensa com espécies de todos os lugares do mundo, árvotes, arbustos, todo tipo de plantas, flores, e grama, muita grama, espaços enormes de gramado que se estendem para os lados do campus. Nesse domingo cruzei pelo caminho com muitas famílias, casais de namorados ou de idosos, gente com cachorros, bebês no carrinho, todo mundo feliz e sorridente, aproveitando o dia lindo. Nos gramados havia gente dormindo, lendo, namorando, tomando sol, e muitos fazendo picnics, uns com cestinhas, outros com coolers, e ainda os improvisados com take outs de restaurantes ou supermercados. Gosto muitíssimo da maneira com que as pessoas aproveitam as áreas verdes, os gramados. Vejo com simpatia esse despojamento, esse jeitão “nonchalant” de fazer uso intensivo das áreas públicas, aproveitar a natureza, o sol, e deitar e rolar.

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a fashionable bad day
  • Eu adoraria poder fazer o mesmo no Rio, mas as áreas onde isto seria possível estão abandonadas, cheias de pivetes e mendigos, cocô de mendigo, assaltantes que surgem do nada, lixo que a população sem educação joga no chão, cocô de cachorro de dono mal educado que não recolhe a cáca, quando o parque é perto de alguma favela os traficantes se sentem os donos do lugar… enfim! O Rio já foi um bom lugar de se viver. Continua lindo, pois ele é naturalmente lindo e a natureza ainda resiste à destruição patrocinada pelo homem, mas a gente não pode desfrutar. *sigh*

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    Uma Páscoa Muito Feliz, deseja a Daniela

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o passado não condena