eetzy beetzy

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Lã cor de abóbora caramelizada. Luzes na janela. Música na cozinha. Foram os quatorze dólares mais bem gastos do mês. Bob, Ali e Steve. Almocinho em família. Cineminha com amigos. Lista de compras: cartão de memória maior para a minha digital e um livro de frases pra viajantes. Não quero passar dez dias repetindo excuse, je ne parle pas Français. Muito trabalho. Longa lista de filmes que não vi. Lavandas secam numa sacola de papel. Presentes dos amigos embrulhados. Você pensa estar invisível, mas eu vejo o seu rabo aparecendo. Vinho branco gelado. Eu decido e não tem mais volta. Embora nem sempre eu esteja certa. Flores roxas no papel verde. Cheiro de grama aparada. Gatos cantantes do Keith Haring. Feliz dia dos pais!

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fechando a semana

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Faz calor em Lisboa. Chove e faz frio em Davis. Estou preocupada com os meus tomates. Eles não gostam de frio e umidade.
Terremotos e furacões, não tenho paciência pra escândalos de celebridades e a política me deprime.
Tive que fazer mil coisinhas que já estavam em estado de procrastinação catatônico por semanas. Cada coisa num lugar, em diferentes cantos da cidade. Dirige, dirige, nega, dirige.
Qualidades que eu admiro: classe e discrição. Infelizmente nem todo mundo tem. Pior, o que mais se encontra por aí é gente grossa e bocas-de-matilde.
I sing in the rain…..

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our own private tsunami

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O terremoto de ontem na costa do norte da Califórnia foi sentido aqui em Davis de uma maneira interessante. Eu não senti nada, como sempre. Muita gente não sentiu. Mas um grupo de nadadores que fazia o último treino do dia na piscina onde eu nado, exatamente na hora que o terremoto aconteceu perto de San Francisco, sentiu. O coach nos contou que ele estava escrevendo os sets pro workout de hoje na lousa branca, de costas para a piscina, quando ouviu todo mundo parar de nadar de repente e começar uma gritaria. Quando ele se virou pra olhar, viu a água da piscina ondulando como no mar, pra um lado e pro outro. A agitação na água durou dez minutos. Os nadadores relataram que sentiram um mal estar, uma tontura, enquanto nadavam e quando viram estavam no meio da agitação aquática. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer, mesmo quando em terra não se percebeu vibração alguma.

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sour

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what’ll I do?

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Somente no verão, ou quase lá, para acontecer de eu ir dormir tão cedo. Às nove meus olhos já estavam pingando. Resisti. Capotei às nove e trinta e oito… zZzzz….
Tenho certeza que vivo numa bolha quando faço coisas como mergulhar de cabeça numa caixa de cds de hits dos anos vinte. Estou simplesmente encantada, what’ll i do? É mais forte do que eu. Americanos me olham com curiosidade quando eu desfio pra eles a lista de bluesman que gosto. São todos dos anos vinte, trinta e quarenta. Gosto de música antiga de cinema, de jazz antigo… Sou a versão feminina do Seymour de Ghost World!
Essa é a época do ano em que a cidade esvazia. Aulas terminam, todo mundo de passagem nas mãos, muitas idas e voltas do aeroporto, despedidas, começa a temporada de viagens. Onde está o fulano? Na Europa. E a sicrana? No Brasil. E a beltrana com a família? No Havaí. E você, não vai viajar? Não sei… ainda!

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juntinho

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eu gosto muito quando ele fica assim, juntinho…

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the remains of the day

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Fico imaginando um programa de culinária onde eu seria a apresentadora. Primeiro que eu não ficaria falando, falando, como na maioria dos shows culinários. Eu ficaria ouvindo música, como realmente faço na minha cozinha, às vezes cantando, outras vezes falando com os gatos, rindo sozinha e praguejando quando as coisas dessem errado. E tudo iria dar errado, como é normal acontecer. Eu iria cortar o dedo, esquecer o prato no forno, queimar o molho de tomate, não iria conseguir achar a tal forma ou um utensilho qualquer. Iria perder a paciência, cortar tudo grossão, acrescentar ingredientes à olho, inventar receitas, espirrar, derrubar, contornar. Assim seria o meu show e tenho certeza que seria um sucesso!
Este blog não é um espetáculo circense e meus queridos e fiéis leitores não são o respeitável público. Vem aqui quem quer, lê quem quer, comenta quem quer. Não há placas pedindo aplausos, nem risadas, nem vaias. E, mais do que tudo, este blog é o MEU quarto cor-de-rosa, que me pertence e eu não alugo pra ninguém!
Um blog extremamente fofo dá a receita de uma bebida deliciosa para o verão. E eu fui correndo fazer e imitar. É o KIR – uma dose de licor de cassis, quatro doses de vinho branco gelado num copo transparente e enfeitado com uma casquinha de limão. Delicioso!
Um churrasco coletivo é sempre uma preocupação. Será que a comida vai dar? E as pessoas vão se entrosar? E todos irão trazer coisas gostosas pra dividir? Como ficará o tempo? Muito quente? Vento? Logo saberemos….
Bati o meu próprio recorde nesta semana: quebrei três copos e uma jarra!
E foi também uma semana cheia de atividades. Um dia protagonizei uma cena de cinema. Vestida como a Sandra Bullock em Miss Congeniality – vestido longo, faixa de miss, botas Doc Martens e meias do Garfield, pistola de plástico amarrada na perna por um elástico e bandeirinha dos EUA numa das mãos – tive que cruzar o campus da Universidade da Califórnia à pé, dando passos largos e soltando fumaça pelas ventas louca da vida, porque o sujeito que iria me buscar na festa dormiu e não ouviu o telefone tocar. A vida é cheia de surpresas, você ainda duvida?

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o passado não condena