e já é quarta-feira, hein?

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Quando eu fico muito cansada, perco o humor e fico naquele limite onde posso de repente ter um xilique. Ontem eu estava assim, quase chorando de cansaço. Mas sempre dou muita risada, balançando a pança, quando vejo certas cenas protagonizadas pelos meus gatos. Ontem o Roux fazia plantão, como um guarda, na porta do banheiro, enquanto o Uriel tomava banho. Eu tenho que ir lá falar com ele, que é um gatinho super amoroso e adora um carinho. Mas ele é engraçado, pois nunca sobe no meu colo, como outros gatos fazem – até o Misty sisudo faz!
Mesmo quando o rango é simples – uma sopa de lentilha com salada e pão grelhado – e servido na cozinha, eu gosto de arrumar a mesa bonitinha. Gosto de combinar o jogo americano com os guardanapos de pano, uso os pratos e copos bonitos que tenho, coloco a comida nas travessas. Tenho horror de ver uma panela em cima da mesa. Eu acho que assim, tudo fica mais saboroso. Faço isso, principalmente no jantar, quando eu e o Uriel temos a chance de comer juntos e conversar.
Na sexta-feira o Walter Salles vai estar na UC Berkeley dando uma palestra. Todo mundo que eu conheço vai, mas eu não vou poder ir, pois tenho que trabalhar no Mondavi Center e não consegui ninguém pra me substituir…. Que raiva! Invés do diretor brasileiro, vou ver Shakespeare……

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um dia curto

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Hoje meu dia se encerra às quatro e meia da tarde. Eu vou sentar no sofá provida de guloseimas e se alguém falar comigo, me telefonar ou me escrever, vai ficar sem resposta. Vou estar ocupada, concentrada, roendo as unhas, xingando [com certeza!], rindo alto, vibrando, totalmente embasbacada, porque hoje é “O DIA” – denominação que o meu marido deu para este evento especial, que me fascina e me absorve desde que eu tinha quinze anos. E ele já sabe que durante algumas horas ele está proíbido de fazer qualquer coisa que desvie meus olhos da telinha da tevê. Esse é o meu dia de dominar absoluta na sala de televisão. Não me pertubem, pois por mais de três horas eu não vou estar pra ninguém, não quero conversar, nem tirar a bunda do sofá… é que não posso perder um milésimo de segundo do melhor show do ano – a entrega do Oscar!

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floração

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» eu adoro esta época do ano, quando a natureza aparece com uma surpresa todos os dias. desta vez foi a árvore de nectarinas, que vimos toda florida da janela do nosso quarto. fui ao quintal, para olhar de perto e reparem só, na última foto, a xeretice incontrolável que teve que ficar de plantão, me vigiando de uma das janelas!

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don’t dream it, be it!

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Fui impulsiva me voluntariando para trabalhar no apresentação das onze da noite do The Rocky Horror Show. Fui impulsiva comprando um ingresso para o Uriel. Corri o risco de ver o show em pé, de ficar podre de cansada, do Uriel detestar tudo, afinal de contas a história não tem muito pé nem cabeça.
Mas felizmente, meus atos impulsivos foram totalmente recompensados! A house manager ficou tão feliz de me ver lá no teatro, que atendeu prontamente ao meu pedido de trabalhar na Orchestra Terrace, onde o Uriel iria sentar. Havia poucos voluntários, então trabalhei com uma pessoa só na minha seção, quando o número normal [e necessário] é de quatro a seis pessoas. Mas deu tudo certo. Apesar do teatro estar com a lotação quase esgotada, conseguimos sentar nas cadeironas especiais e assistimos ao show bem confortáveis.
Uma casa de seissentas pessoas difere enormemente de uma casa de mil e quinhentas. E eram mil e quinhentas pessoas super animadas e fantasiadas, carregando sacos de arroz, jornal, lanternas, papel higiênico, baralhos, além de alguns itens proíbidos, como torradas e sprays de água que ninguém entende como passaram pela restrita segurança da entrada, que revistou todo mundo, bolsas, mochilas. O teatro ficou um lixo no final do show, mas a apresentaçào foi memorável. A platéia participou animadamente o tempo todo, cantando, dançando, falando e interagindo com os personagem. A cena do casamento entre o mestre e o monstro, foi um climax, com chuvas de arroz jogadas pelo público vindas de todas as direções dentro do teatro.
De onde eu estava, eu podia ver a cara sorridente do Uriel. No intervalo eu perguntei – está gostando? e ele respondeu – sim, está muito legal. Fiquei feliz que ele gostou e curtiu, porque eu adorei, mais dessa segunda vez do que da primeira apresentação de estréia. O show de ontem foi um pouco mais longo que o de quinta-feira e terminou quase duas horas da manhã. Mas foi uma experiência única e a primeira vez que tive a companhia do Uriel no Mondavi Center!

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pares

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The Rocky Horror Show

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The Rocky Horror Picture Show é um filme pitoresco de 1975, que mistura horror, ficção cientifica e erotismo. O carro de um casal de noivos caretas quebra no meio do nada e, procurando por um telefone, eles acham o castelo do Dr. Frank N Furter, um extra-terrestre travesti. Nada faz muito sentido na história, mas o filme é super divertido. O detalhe mais importante do The Rocky Horror Picture show é que ele virou cult por causa da participação da platéia. Cinemas costumavam passar o filme na noite de Halloween, quando a platéia ia vestida como os personagens, carregando papel higiênico, arroz, salsichas, lanternas, velas, torradas….
O Departamento de Teatro e Música da UC Davis está fazendo apresentações do The Rocky Horror Show no Mondavi Center e ontem eu trabalhei na estréia. Foi bem divertido, muita gente na audiência veio fantasiada e jogaram arroz e papel higiênico [salsichas e torradas não foram permitidas no teatro!], falaram com os personagens, dançaram e interagiram com os atores, que circularam muitas vezes pela platéia. A música é muito bacana, tocada por uma banda muito eclética, que fazia coro com vários super-heróis que nos ajudaram a levar as pessoas para as suas cadeiras numeradas.
Hoje o grupo faz uma apresentação às onze da noite e o teatro já está lotado, com quase todos os ingressos vendidos. Como a house manager ainda estava pedindo por voluntários, pois um show que começa às onze e termina à uma da manhã não atraí muita gente para trabalhar, eu me ofereci. E comprei um ingresso para o Uriel, que assim vai poder voltar comigo. Como conheço o teatro como a palma da minha mão, comprei um ingresso super bem localizado pra ele. Só resta saber se ele vai curtir o Rocky Horror Show tanto quanto eu curti!
» como começou a participação da platéia nas apresentações do filme.
» como e com que participar no The Rocky Horror Show.

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Why Sideways?

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Uma pequena trivia para a Meg, que como eu também adorou Sideways. Por que esse título, se a palavra sideways não é nem mencionada durante o filme?
O autor do romance que deu origem ao filme, Rex Pickett, diz que Sideways é uma gíria inglesa para bêbado e é usada comumente em frases como – “did you get sideways last night?” O título do filme também pode ser interpretado como uma referência à maneira com que as garrafas de vinho ficam guardadas nas adegas.
Eu vi o filme, que adorei, mas como boa Tonha-da-Lua que sou, nem tinha pensado no por que do título. Vi essa pequena nota no caderno Taste do jornal SacBee e agora estou toda pimpona, não só sabendo, mas também divulgando. Sideways, baby!

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o passado não condena