Zen and the Art of Cats Maintenance

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Enquanto limpo o banheiro dos gatos reflito sobre a importância de uma areia de boa qualidade para cristalizar bem os xixis, encroquetar bem os cocôs, manter o cheiro suportável e deixar o meu trabalho mais fácil. Com a pá que também é peneira, vou cavocando a areia cheia de granulados azuis e colocando as bolotas fedorentas dentro de vários sacos de supermercado, um dentro do outro. Limpo o que é preciso limpar concentrada e relaxo dando risada com o fulano xereta que vem colocar a cara na caixa aberta e checar curiosamente o que estou fazendo. É um trabalho detestável, mas que eu faço com cuidado e dedicação. E acaba virando um momento de meditação, quando eu posso refletir sobre alguns fatos da vida. Como por exemplo, quando pensamos que estamos sendo espertos economizando dinheiro comprando uma coisa de qualidade inferior, achando que ninguém vai notar, que não vai fazer diferença, que é tudo a mesma coisa – mas não é! Areia pro banheiro dos gatos tem que ter qualidade, senão forma poeira, espalha pela casa toda, intoxica o ar numa fedentina insuportável, o bloco de xixi esfarela e a limpeza fica muito mais difícil e chata. Pode-se também usar o momento da limpeza do banheiro dos gatos para refletir sobre a impermanência de tudo, de como fazemos uma coisa hoje e temos que refazê-la amanhã, ou de como sempre alguém acaba limpando a sujeira do outro, mesmo que o outro seja um animal. O cristal azul quebra a frieza da areia cinza, o cheiro inebria, a textura hipnotiza, a pá que também é peneira faz desenhos circulares, os pedregulhos fecais são escuros e inertes, como, exatamente como, num pequeno e zen jardim japonês.

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Eu adoro quando….

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Estou conversando com alguém que sabe ouvir e deixa eu terminar minhas frases e idéias, sem ficar me interrompendo, falando por cima da minha voz e me cortando.

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Eu odeio quando….

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Estou dirigindo e me dá uma coceira insuportável na sola do pé…..
grawnawnownnahnwaannn!!!!!!!!!!

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amaryllis

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amaryllis.JPG

» a planta cresce protegida no banheiro social, onde não entra gato xereta e bate bastante sol. não vejo a hora de ver as flores. serão vermelhas? brancas? amarelas?

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se for uma crise, está tudo normal

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Quando eu olho para este blog diariamente pela manhã, sinto um cansaço e um vazio. O meu primeiro pensamento é – não tenho mais o que escrever, já escrevi sobre tudo, minha vida nem dá um livro, mas como vou escrever sobre ela sem citar pessoas com quem eu convivo, projetos com os quais estou envolvida, reclamações que muitas vezes tenho, opiniões controversas que eu sei que podem causar polêmica?
Por isso tenho quase certeza que estou em crise com este bloguete. Muito ar, muito espaço, muitos olhos, muita liberdade, muita permissividade. Tenho que ter criatividade para superar certos impecilhos que eu mesma me imponho. Não quero que esse espaço vire um reality show. Mas quero que ele persista e preencha as minhas necessidades escrevinhatórias. Se for apenas uma crise, tá limpo! Logo passa.

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o menu imita a vida

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Risoto de abóbora com queijo camembert, pão francês grelhado com um fio de azeite, limonada misturada com água gasosa sabor de cereja, banana nanica, amêndoas açúcaradas e defumadas com sabor de laranja.

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recapitulando

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Além dos já regulares, agora tenho mais um trabalho que vai me tomar um tempão. Eu tenho esse problema me organizando, que é consequência da minha ansiedade natural, então fico atrapalhada e não consigo pensar direito. Fico sem saber o que fazer primeiro e vou completando as tarefas de uma maneira toda embolada.
Correspondência? Nem sei mais que desculpa esfarrapada dar, então compreendam por favor, meus queridíssimos amigos com quem eu me correspondo, que não é por mal, não é falta de interesse, não é relapso.
Hoje foi um daqueles dias onde eu subi e desci as escadas zilhões de vezes, tropecei em gatos cinco zilhões de vezes, mas pelo menos completei várias tarefas. Estou envolvida num projeto tão legal!
Quando eu não tenho a menor noção do que fazer para o jantar eu frito um bloco de tofu. Corto em quadrados, frito no azeite até ficar crocante por fora, cozido por dentro e rego com molho tandori apimentado. Refogo verdura picada, mostarda, couve ou qualquer outra verdura estrambólica que vier na cesta e voilá! É o meu lado macrô natureba. O Urso já se conformou e come o rango!
Eu penso o tempo todo em assuntos picados, idéias, frases, conceitos. Não sou uma analista, sou uma palpiteira. Não sei analisar nada, mas gosto de dar a minha opinião. Muitas dessas opiniões não se desenvolvem em texto, Por exemplo, não consigo escrever sobre o meu horror ao ver o noticiário na tevê, a proposta de cortes do governo, o investimento na indústria bélica, a cara de ator de filme de terror classe cê desse tal presidente. Também não consigo comentar os programas de tevê da moda, os filmes bacanas no cinema. Eu comento as reprises, os filmes velhos, os programas de culinária, os shows dos japoneses de sunga. Há algo errado comigo!
Ontem saí pra comprar copos, porque quebramos vários nas últimas semanas. Eles batem uns nos outros e tricam. Vão pro lixo, uma pena. Eu também estou procurando uma chaleira maior pra servir chá, pois acho a minha muito pequena. Mas eu não vou comprando a primeira que eu encontro, não senhor! Eu procuro, procuro, procuro, até achar exatamente o que eu quero, num preço que não vai fazer diferença no meu orçamento. Haja paciência, mas pra isso eu tenho. Vi várias chaleiras outro dia, made in china, made in england, de cerâmica, de metal. Não quero gastar mais que dez dólares, então vou ter que continuar procurando. Mas não hoje…..

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quero ver!

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tá acontecendo alguma coisa na rua? quero ver, quero ver!!

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chegou a hora de cuidar do quintal

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Estamos tendo lindos dias de sol e então chegou a hora de dar uma geral no quintal, avaliar os estragos e os benefícios da chuva. Ontem, quando fui jogar o lixo, já vi montes de florezinhas roxas na trepadeira da varanda. Logo o jasmim que faz moldura na porta dos fundos da casinha de hóspedes vai começar a florir também. Quando isso acontece, é uma beleza!
Mas agora o objetivo principal é avaliar o estrago da chuva – que foi um pouco excessiva neste ano, e o do gopher. Ainda não fui resolver a história da armadilha. Estou sem coragem. Não quero matar o bicho, mas também não quero soltá-lo vivo, dando a chance para que ele vá estragar outros quintais e hortas. Estou vivendo um dilema……
Mas depois que eu me livrar do bicho, será hora de pegar na enxada. Da janela já dá pra ter uma noçào da quantidade de mato crescendo por todos os lados. Meu quintal é lindinho, mas dá um trabalho…….

sunnybackyard

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o passado não condena