Many Thanks!

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Não vou conseguir responder um por um, mas fiquei muitro feliz com todos os comentários deixados aqui, no Orkut e no Multiply e com os cartões virtuais e telefonemas. Obrigada! Merci! Thanks! Isso tudo fez meu dia muito mais especial.
Agora, feliz com meus tickets pro show do Dylan nas mãos [thanks to my sweet Gabe!] e pimpona com os meus quarenta e três anos, estou pronta pro que der e vier. Off I goooo, people!!

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bugs!

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O vírus inglês me pegou de jeito e não está sendo muito gentleman, pois já poderia ter me largado, deixado eu voltar para as minhas atividades normais, mas não, o chatonildo de chapéu e casaca insiste em ficar…. hóspede inconveniente.
Os spammers voltaram, num ataque fenomenal ontem pela manhã. Malditos bastardos! Reativei a black list. Se alguém por acaso não conseguir comentar aqui, me manda um e-mail[e-mail].
O pest control guy gastou quase duas horas espirrando mata-formiga na minha casa. a infestação estava poderosa, com formigas até nas tubulações dos fios elétricos. O cara abriu tudo, bafejou cada buraquinho com o pó, praticamente lavou o quintal e o jardim com um produto novo, que segundo ele é batata. Fiquei intoxicada só de olhar. O gato Roux teve uma manhã agitadérrima, se pendurando nas pernas do cara e xeretando tudo o que ele fazia. Eu estou de saco cheio dessas formigas, mas o cara me garantiu que não sou a única com esse problema aqui em Davis. Ele disse que choveu duas semanas atrás e que isso deixou os bugs loucos. Ainda não é tempo de chuva.
Hoje o detetor de fumaça do meu quarto começou a apitar às 6am e ainda não parou. A cada minuto ele solta um ‘pí’ estridente. O Senhor Urso se pirulitou na boa. Eu não sei como mexer nesse treco, sem falar que o pé direito do meu quarto é altíssimo e nunquinha que vou subir numa escada pra alcançar o tal detetor. Eu tenho horror de altura!

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BacaBille

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A Califórnia está cheia de nomes de cidades esdrúxulos. Deve ser culpa dos espanhóis…. Felizmente, eu vivo em Davis! hoho!
* as mais-mais:
Yucaipa
Yreka City
Wildomar
Valinda
Temecula
Sebastopol
Rancho Cucamonga
Pomona
Modesto
Mendota
La Mesa
Los Gatos
Los Banos
Los Alamitos
Hercules
Gonzales
Guadalupe
Fortuna
Eureka
El Segundo
Escondido
Encinitas
El Toro
El Cajon
Cerritos
Capitola
Cupertino
Covina
Corte Madera
Chula Vista
Chowchilla
Chino
Carpinteria
Calabasas
Bostonia
Bonita
Benicia
Avocado Heights
Atascadero
Altura
Agoura Hills
Adelanto
Vacaville
Chico [esse é o meu nome de cidade favorito!!]

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é de lascar a lenha…

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Primeiro os caras me ligam às sete da manhã. Ninguém liga pra ninguém às sete da manhã. Combinamos que eles viriam entregar o sofá aqui ao meio-dia. Eu desmarquei meu médico, lá em Rancho Cordova, e só consegui remarcar pra novembro, porque não quis arriscar ficar presa na I80 e perder hora. Estou na maior expectativa. É normal, estou esperando por esse sofá há dois meses! Agora os caras ligam de novo, pedindo desculpas, pois algum mané esqueceu de pegar o sofá na loja, que fica em Vacaville. Eu fiquei desapontada….. Eles disseram que vêm com certeza às quatro da tarde. Vou ter que sair mais cedo do trabalho, aquela tchanga toda. Se eles não vierem, vou ficar muito, muito, muito BRAVA!

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mão-de-vaca

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moneyleft.jpg

[ e sobrou dinheiro…!]

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cataploft!

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Quer queimar o filme comigo? É facílimo! Basta me tratar como se eu não soubesse nada e você soubesse tudo. Ou então vir me dar conselhinhos, dedinho em riste, me dar palmadinhas, bronquinhas, me chamar a atenção com não-não-não-nãos. Também funciona me contar uma mentira de perna curta [e todas não são?] ou tentar me ludibriar com uma história fantástica. Vai queimar o filme instantâneamente se você começar a me analisar, apontar meus defeitos e fraquezas e tentar me curar ou me consertar com o seu papo psico-aranha. Minimize meus sentimentos dizendo frases como “A Fer é mesmo muito dramática…” , “não é bem assim….” ou “é só a sua impressão….”. Aproveite e me coloque um rótulo. Ou me julgue apressadamente. Se você nem me conhecer pessoalmente, melhor ainda! Quer maior oportunidade de queimar o filme que essa? Fale sem parar, só de você. Não olhe nos meus olhos. Me deixe falando sozinha, seja por escrito ou pessoalmente. Interrompa a minha história pra contar a sua. Termine as minhas frases por mim e conclua todas as minhas idéias, mesmo que errôneamente, afinal, eu não vivo mesmo pedindo pra você ler o meu pensamento?

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oito dias

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Desde que cheguei que tenho acordado pontualmente às quatro da manhã. Estou indo dormir cedo – ou melhor, capoto bem cedo. Mas mesmo assim acho que já deveria estar retornando mais ou menos ao normal.
O Guto me disse que precisamos de um dia para cada fuso viajado para voltar ao normal. Então, no meu caso vou precisar de oito dias. Isso não vai dar certo, principalmente porque hoje volto à rotina, vou trabalhar à tarde e tenho as mil e uma tarefas de sempre me esperando. Só não vou nadar, porque a gripezinha chata insiste em não me largar.
Como abri os olhos às quatro da matina e fiquei olhando os gatos se movimentarem pelo quarto e o dia amanhecer através da janela aberta, só estou pensando com que disposição eu vou estar quando chegar quatro da tarde e eu ainda estiver ralando…..

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Nous sommes perdus!

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“Je suis perdu! Je suis perdu!”
Eu lia alto a tradução para a nossa situação em francês no guia da Belgica que a Tereza gentilmente me enviara. Nunca pensei que precisaria usar a expressão para “I am Lost!”. Na realidade eu não estava perdida sozinha. Meu acompanhante se perdera comigo e estávamos agora numa rua escura de alguma cidade próxima de Bruxelas na Bélgica, sem saber quase nada de francês ou flemish e sem um tostão de Euro no bolso. Pegamos um trenzinho urbano vazio que se aproximara e abrira as portas para os dois desesperados, ofegantes, acenando com as mãos, uma chorando e praguejando, o outro com uma cara de patzo. “We are lost!”.
“Je ne comprends pas l’anglais” disse o condutor do tram. “Taxí, taxí!” tentávamos explicar empolando um falso sotaque francês. Queremos um taxi. Abri o guia e mandei bala “Je suis perdu! Je suis perdu!”. O rapaz fez um gesto de sinto muito, parou o tram e nos indicou com a mão uma loja de conveniência aberta. Já era mais de meia-noite e aquele lugar parecia o único aberto na redondeza. A luz acesa, denunciando que havia gente no local, me fez suspirar de esperança. “Tem que ter uma alma que nos ajude a sair dessa enrascada!”.
…………….
Descemos no aeroporto em Bruxelas e já fomos direto para a estação do trem, conectada à saída do terminal de aviões. Não havia mais ninguém ali, exceto pelo bando de turistas completamente confusos e perdidos. Fomos perguntar. “Onde pegamos o trem pra Leuven?”. Descobrimos que iríamos naquele trem mesmo até a estação Noord e dalí pegaríamos uma conexão para Leuven. Depois que aprendemos a usar os trens na Bélgica é que descobrimos onde fizemos o erro fatal. Tudo é extremamente confuso… E há uma cidade chamada Leuven e outra chamada Louvain, pra piorar as coisas.
Tomamos o trem pra cidade errada. Olhando no mapa dentro do trem, percebemos que algo estava errado. Depois de não-sei-quantas estações, achamos um bilheteiro para pedir informação. O cara foi curto e grosso “Vocês pegaram o trem errado. Tem que voltar pra Noord e pegar o trem certo para Leuven. Desçam na próxima estação, cruzem os trilhos pela ponte e em dez minutos virá outro trem”. Assim fizemos.
Eram 11:39pm. Tínhamos entendido que o último trem corria à meia-noite, depois não tinha mais. Carregando as malas, eu de saia e chinelo de dedo, descemos numa estação aberta, no meio do mato, numa área não residencial. Já foi me dando uma dor de barriga. Não entendíamos o cartaz do schedule dos trens e o tal que chegaria em dez minutos nunca que chegava. Quando deu 12:15am, eu já estava em pânico, com as pernas e pés congelados, vontade de fazer xixi e choro entalado na goela. Decidimos caminhar pelas ruas e ver se achávamos um taxi. Nenhuma alma nas ruas. Alguns carros passando. Um taxi, que não parou pro casal frenético correndo pela calçada com as malas. Finalmente uma luz no final da rua. Um trem urbano, chamado de tram pelos locais. Correria, gritaria, acenos enlouquecidos!
“We are lost!”
……………………
Na loja de conveniência encontramos duas garotas comprando doces e cigarros. Eu com o guia aberto fui direto ao ponto.
“Do you speak English?”
“Yes…”
“Oh, THANKGOD! Can you help us, we’re lost!”
Elas explicaram que Leuven, onde queríamos chegar, estava pro norte e nós estávamos no sul de Bruxelas. Bem longe! Como chegaremos lá? Onde tem um caixa automático pra pegarmos dinheiro europeu? Onde pegamos um taxi que nos leve pra Leuven? How the HELL did this shit happen????!!!!!
As meninas argumentaram que Leuven era muito longe e se ofereceram de nos levar de carona para um hotel próximo, parando primeiro num caixa automático, pois não tínhamos tido nem tempo de pegar dinheiro europeu no aeroporto. Abolotados no banco de trás de um carrinho minúsculo com todas as malas, tremendo de frio e de estresse, parecia que estávamos num filme do Jim Jarmusch.
“Are you guys from London?”
“No, we came from London, but we’re actually from California…”
As meninas nos levaram no caixa, simpáticas conversando conosco num inglês razoável e depois nos levaram num hotelzinho, que tinha vaga [e uma delas foi pesquisar primeiro – por $52 euros] e o dono, um indiano, falava INGLÊS!
Contando a história de como nos perdemos pro indiano me fez cair na real da SORTE que tivemos em achar as meninas belgas na lojinha. Indo de taxi pra Leuven no dia seguinte nos fez ver o QUANTO estávamos longe. Contando a história pra Tereza, percebi que não tínhamos feito um erro TÃO grave. No booklet da conferência da Universidade de Leuven tinha um aviso, que obviamente não foi lido: “cuidado para não pegar o trem para LOUVAIN invés de para LEUVEN”. Realmente não fomos tão burros quanto pensávamos ter sido.

trembelga

trembelga

trembelga

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o passado não condena