conversando a gente se entende

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Quando temos um problema nos importunando e nos atazanando as paciências, com cara de sem solução, com jeito de super complicado, enrolado, que não nos deixa ver uma luz no final do túnel e que parece fadado a permanecer, basta falar sobre ele com alguém – de preferência um amigo – para que tudo clareie imediatamente. Não é assim? Nem precisa liquidá-lo, encontrar a solução final e coisa e tal. Basta conseguir ver a situação por outro lado, outro prisma, repensar, analisar de fora, como se falando sobre o assunto com alguém nos permitisse dar uns passos para fora do círculo íntimo da preocupação, que cega e emburrece. Que coisa fácil e simples!

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límbico

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O feriado foi ontem, mas a folga é hoje. Nada mais justo! Embora aqui não se conjugue o verbo “folgar”, vocês sabem. Ontem forcei uma parada de algumas horas no esquema do workaholic, que então bebeu limonada, comentou o filme do Michael Moore, comeu salada com pão, deu risada, conversou e até jogou bocha. Hoje, já voltou à rotina. Não seguimos o calendário que todos seguem. E não é minha culpa!
Fiz um errão na tricotagem da manta. Paralisei de horror! Tenho medo de desfazer as carreiras e arrumar o defeito. Ainda preciso comer muito feijão, até poder entrar pro clube das verdadeiras tricoteiras.
Fui até Sacramento, numa sexta-feira à tarde, véspera de feriado, porque queria olhar uma loja de “beads” que tem lá. Sacramento fica a apenas quinze minutos de carro daqui, se não tiver trânsito – o que é literalmente impossível numa sexta-feira à tarde, véspera de feriado. Na volta me atrapalhei na malha de freeways e peguei a estrada que vai pra Fresno! Me xinguei muito, mas esse é o preço que se paga por ser a rainha das invenções de moda.
As formigas voltaram e estão no meu banheiro. Eu estou com uma dor de cabeça que não passa. Não tem comida na geladeira. O dia vai ser quente de rachar. As lavandas estão secando. De miçanga em miçanga, colarezinhos coloridos vão surgindo. À noite, paisagem da lua por entre as árvores. De manhã, os raios de sol deitados no travesseiro. Hoje é uma segunda-feira que não conta, mas apesar disso, o esquema por aqui continua o mesmo.

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dias de Murphy

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Parada no sinal vermelho, dentro do carro, vi uma pessoa atravessando a rua na faixa de pedestre. Pensei, será que alguém que me conhece já me viu atravessando a rua assim, entre os carros? Não é uma sensação estranha pensar que alguém te vê, sem você saber ou perceber?
Mudou o mês e eu nem tchuns. Foi totalmente não planejado. Aliás, dias de Murphy nunca são esperados ou planejados. Eles desabam sobre você, como um saco de pedras acidentalmente despejado no lugar errado. Normalmente, na sua cabeça de passante distraída. E quem quer acessar um blog pra ler chaturas e reclamações? Eu não faço muito o genêro de ficar me desculpando – ai, gentê, estou na tpm, viu? Geralmente gosto de passar esses famigerados dias em silêncio.
Quando tudo começa a dar errado sequencialmente, é melhor parar, respirar fundo, dar um grito bem alto, chorar vendo um filme, se esquecer no chuveiro. Preciso frisar que neste corpo não habita ninguém zen, que fala frases poéticas, medita lendo textos budistas, reflete sobre dúvidas existenciais e saca soluções para tudo de livrinho de bolso de auto-ajuda.
Aqui neste corpão vive um ser escandaloso, dramático, pessimista, chorão, demente, que perde o rumo nas tropeçadas. Então, os dias de Murphy necessitam paciência. E silêncio……….

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It’s time!

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lavanda

<<< minha casa está com um cheiro de-li-ci-o-so!!! chegou aquela época do ano: colher, secar, ensacar! hummm! adeus cheiros fedorentos em geral, alôw prefume natural de lavanda!

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a grande família

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familyrosa

–> outro desenho feito por uma sobrinha. desta vez a arte é da Áurea, de cinco anos, que me desenhou acompanhada dos meus queridões! ela usou carvão para fazer o desenho e depois uma técnica especial com o pincel, para fazer sombras.
–> legenda: tia Fernanda – sou eu, claro; Gabriel (cabeludo) – é o meu filho Gabe, que ela não conhece, desenhou baseada numa foto dele; tio Caco – é o meu marido, Uriel, que é chamado de Caco pelos irmãos e tio Caco pelos sobrinhos e também foi desenhado baseado numa foto. destaques para o cabelão do Gabe e óculos do tio Caco!

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*k1, p1; rep* 5 t, k53, p53, *k1, p1; rep 5 t.

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tricotando1.jpg

Testando alguns pontos….
E ontem iniciei um projetinho ousado. Estou tricotando esta manta. Nem sei pra que/quem, mas precisava sair do marasmão de tricotar somente echarpes. Acho que estou finalmente saindo da turma das tricoteiras iniciantes! Fiuuuuu!

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nadanadanada

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Hoje eu queria ter uma história pra escrever, porque quero preencher um espaço, ou melhor fazer uma blocagem. A razão é simples: não posso fazer um post com fotos e logo em seguida outro post de fotos. Minha vênus em virgem não deixa. Essa é uma obsessão maníaca, da qual não consigo me livrar. Coisas pequenas e até imperceptíveis me incomodam. Um quadro levemente torto na parede, por exemplo, me dá uma sensação horrível. Coisas assimétricas evocam uma impressão de desiquilibrio. Dois, dois, três, quatro, quatro. Não tolero uma mesa arrumada com talheres de faqueiros diferentes. Todos os copos devem ser do mesmo tamanho. Os guardanapos podem até ter cores diferentes, mas devem seguir um padrão qualquer de combinação: desenho, material ou textura. Deve haver algum tipo de harmonia, mesmo que aleatória, até na mais desordenada bagunça. Pilhas de revistas no chão devem estar pelo menos arrumadas conforme a publicação. Nem precisa ser por data, mas tem que ser o mesmo tipo de revista em cada pilha. Essa é parte prática da famosa bagunça organizada.
Então, angustiada com o blocagem das linhas e dos textos, forço minha imaginação em vão. Espremo minhas idéias dentro do chuveiro. Nada. Olho fotografias inspiradoras. Nada. Fico longos minutos olhando o infinito e esvaziando a mente. Nada. Leio alguns textos. Nada. Olho fixamente para a caixinha de texto em branco. Nada. Tento pensar num acontecimento do passado. Nada. Do presente. Nada. Infelizmente minha criatividade não chega pra inventar uma história. Desisto. Deixarei pra publicar fotos outro dia.

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o passado não condena