sangue bão

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Eu ouvi isso ontem:
Now that I’ve met you I understand why Gabriel is so sweet…
Matou dois coelhos com uma só paulada. Elogiou mãe e filho. Thank you, thank you, thank you!!!!

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And the winner is….

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Não tenho muito o que comentar sobre a cerimônia de entrega do Oscar. Foi uma festa simples, na medida do possível para o evento. Acho que foi a primeira vez que senti que não teve muita enrolação. Os discursos foram rápidos [ e só o Adrien Brody ganhou uma chance de extensão – thank god!]. Aliás, foi dele o melhor momento da noite: ganhando sem ser o preferido, dando o maior beijão na Halle Berry e fazendo o melhor discurso – o mais emocionado, o mais sincero e o apêlo anti-guerra mais correto. O pior momento da noite ficou para o gritão e agressivo Michael Moore . Detestei a Nicole Kidman. Foi o único prêmio com que eu não concordei. Meu favorito para coadjuvante venceu merecido – o talentoso Chris Cooper. Gostei do prêmio para a Zeta-Jones [linda e simpática!] e para o Almodóvar e Polanski.
Gostei da performance do Steve Martin como mestre de cerimônia, mesmo achando que ele apelou em algumas piadas [como a que mostrava a foto de delegacia do Nick Nolte]. Mas no geral ele foi divertido e me fez rir.
Não houve ostentação, nem exageros. Foi uma festa enxuta, como já comentou o Moa. Um detalhe super especial para nós brasileiros foi a presença do Caetano Veloso interpretando Burn it Blue, que concorria a melhor música pelo filme Frida. Ele estava visivelmente nervoso, mas mandou muito bem e eu achei que ele estava muito charmoso, todo de preto [cinza chumbo]. Pena que a música não levou o prêmio.

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Bruno Barreto Export

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Ontem fomos ver o novo filme do Bruno Barreto chamado View from the Top. É uma comediazinha bem divertida para uma sessão de matineé de sexta-feira à tarde. No elenco Gwyneth Paltrow, Christina Applegate, Candice Bergen, Rob Lowe, Mike Myers, Kelly Preston [a senhora John travolta] e Mark Ruffalo.
Eu li sobre esse filme na revista Premiere já faz uns dois anos, quando o Barreto ainda estava em filmagens. Gwyneth Paltrow é uma moça simples, que vive num trailer em Silver Springs, Nevada. Ela quer sair de lá a qualquer custo, e eu também iria, pois conheço a tal cidade e é realmente de lascar! Ela sonha voar…. e vai ser comissária de bordo de uma empresa aérea mixuruca, que leva jogadores dos cassinos de Nevada, de volta para Fresno na Califórnia. A cena do primeiro vôo dela é hilária. E o visual das comissárias [Paltrow, Applegate e Preston] é de matar. Inspirada pelo livro de uma comissária famosa [Candice Berger], Paltrow quer ingressar numa outra empresa aérea chamada Royalty Airlines. O seu objetivo é a primeira classe internacional.
O filme é uma comédia romântica, que Paltrow sabe fazer muito bem. O galã Mark Ruffalo está meio apagado e sem graça – assim como Mike Myers, completamente desinteressante, como um treinador vesgo da Royalty Airlines. Deu pra dar umas risadas e passar umas horas distraída dentro do cinema. Notei muitos nomes brasileiros nos créditos. Bruno Barreto fez um filme sem nenhuma conexão com o Brasil ou com o português, mas deve ter dado emprego pra muito profissional do cinema brasileiro.

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O Vlad também

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Quando eu contei pro Ursão que estava com gripe, que um vírus tinha me pegado de jeito, ele comentou que realmente um vírus estava atacando e que um monte de gente estava doente e disse ‘até o Vlad está com essa gripe’.
‘O Vlad?? Mas que Vlad??’, eu pensei? Não conhecia nenhum Vlad que trabalhasse com ele…….
Perguntei confusa ‘ Que Vlad?’ e recebi a resposta sorridente ‘O Vlad dos Kings!’
Ahhh!!!! O Vlad dos Kings!!!!! Como eu pude não lembrar disso, que o Ursão é íntimo com todos os jogadores do time de Sacramento!!
E por falar em Kings, eles ganharam dos Lakers ontem, em casa! E o Ursão assistiu o jogo num bar em Los Angeles. Vou querer saber como foi a aventura de um fanzoco dos Kings vendo o seu time ganhar – discretamente – dentro da toca do leão!

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reação em Davis, CA

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no! no!
no! no!
no! no!
no! no!

Eu vi pela janela do meu banheiro a passeata passando e fui correndo atrás! Eles caminharam do Central Park até o Davis Commons. Encontrei uma amiga e fiquei por lá, ouvindo o pessoal se manifestar. Não é nada de novo, mas é importante! Os carros que passavam buzinavam. Pra uma cidade de 50 mil habitantes, até que o grupo de manifestantes estava grande. E era composto de estudantes de high school, da UCDavis, trabalhadores, gente de todas as idades, pais com filhos pequenos, até cachorros! Um grupo cantou Knocking on Heaven’s Door do Dylan. Minha mãe viu uma manifestação de estudantes de high school e no encontro no International House eles cantaram Blowin’ in the Wind. Dylan está sempre na crista da onda! Os manifestantes carregavam muitos cartazes, mas um deles me chamou a atenção pelo humor : War is SO Last Century.

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onde você estava quando…

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Para saciar a curiosidade dos leitores: onde estávamos quando a guerra começou? Estávamos com toda a família dentro de um restaurante jantando, quando de repente as conversas silenciaram e só se ouvia o pronunciamento do presidente Bush nas tevês do bar. Eu dei um rolê com a cabeça e vi as pessoas paradas, ouvindo com atenção, todos com uma cara séria e compenetrada. Nós continuamos o ataque aos nossos pratos saborosos e fumegantes. Não comentamos nada e eu balancei a cabeça e disse ‘que horror!’. Senti uma tristeza enorme. Nos despedimos da Marianne e Gabe, viemos pra casa, o Ursão foi ver a CNN, minha mãe foi dormir e eu fui ver um filme com o James StewartHarvey, porque não quero saber de nada….

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larálarálará….

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Minha mãe fica ouvindo a NPR o dia inteiro e consequentemente eu também fico. Ontem reclamei, pois não agüento mais o mesmo assuntinho….. Afe!
Ontem fomos almoçar quiche lorraine no Ciocolat e na volta vi alguns posteres sobre a mobilização pré e pós guerra numa dessas caixas de luz ou telefone que ficava na esquina. Me chamou a atenção um bem agressivo, colado em cima dos outros com um tape azul turquesa e dizia ‘shut the fuck up!’ [ e embaixo um blábláblá sobre o querer e poder se defender e mandando os malditos liberais irem se foder …]. Fiquei parada por um tempão olhando aquilo, minha mãe me puxou quando o sinal verde abriu. Minha surpresa foi ver esse tipo de opinião numa área ao lado do campus da UCDavis. Bom, liberdade de expressão é para todos, mesmo que isso implique ter que ler posteres agressivos e facistas como aquele.
Eu estou encantada com o meu quintal. O jardim não é minha área. O Ursão deixou tudo lindo e precioso por lá no sábado e domingo. Vários botões de rosas estão pipocando! Mas o quintal é minha responsabilidade. Plantei sementes de flores e todo dia olho as plantinhas crescerem. Já preparei a terra de duas das três caixas da horta. Está uma beleza. Ontem joguei sementes de cenoura, pimentão e basilicão numa delas. Vamos ver no que vai dar. Estou trabalhando na terra com uma dedicação surpreendente. O Ursão olhou meu trabalho meticuloso de ontem e fez um sorrisão engraçado de orgulho, como que dizendo ‘uau, você, hein?!!’. Eu não tenho o perfil da ‘pé de boi’ que pega na enxada e faz e acontece. Eu sou uma pessoa de moldura delicada. Sou grande de tamanho, mas tenho ossos pequenos. Não tenho flexibilidade, nem força.
Ah, descobrimos que as árvores do quintal [além do limoeiro] são pessegueiros! Uma delas floriu todinha, com flores rosas e já está cheia de folhas. A outra continua seca. O Ursão acha que uma é macho e a outra é fêmea. E nos contou que nos pomares são plantados um macho pra cada grupo de fêmeas. Eu não sabia que árvore tinha sexo. Só estou esperando que a garbosa pessegueira cheia de flores tenha bastante filhinhos suculentos… yamis!

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o passado não condena