[vintage love]

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Tenho gostado imensamente de viver na nossa bolha do tempo, na vizinhança antiga, uma casa antiga, recheada de tranqueiras antigas, escutando uma trilha sonora antiga, assistindo cenas de filmes e envolvendo-se em tramas antigas. Tudo isso amparado por uma incrível modernidade, como a possibilidade de carregar pelos cômodos da casa todas as jóias preciosas do passado musical e cinematográfico dentro de pequenas gadgets, como iphone ou ipad. Uma combinação imperfeita do que pode ser e o que apenas parece que é. É tremendo paradoxo, eu admito. Mas é muito legal, exatamente por ser extraordinário.

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boxing day revisited

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Meu marido—aquele moço grisalho com uma cara de bunda atrás de mim nas lojas de roupa no dia seguinte do Natal. Eu queria muito a companhia dele, mas errei insistindo pra ele ir comigo. As lojas estavam absurdamente abarrotadas de gente e ele com aquela cara de nhoque. Dai fui toda pimpona experimentar um casaco de pele falsa de urso branco e ouvi—esse casaco parece o tapete do banheiro. grrrrrr!

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um detalhe

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Tenho uma vizinha super charmosa. Tudo dela é bonito e discreto. Copiei descaradamente as luzinhas de Natal que ela colocou nas janelas da casa dela. Copiei também a guirlanda natural na porta da frente. Se bem que o Uriel disse que na dela tem um toque de vermelho e na minha não tem. Fón!

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adiantando-me

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Nunca trabalhei tanto nem tão rápido. Mas férias já estão surgindo no horizonte. E não quero ver caras nem falar de assuntos de trabalho por duas semanas. Meu filho foi prá lá e minha irmã está vindo pra cá. Trocas de hemisférios nesta época do ano são um pouco traumáticas. Calor lá, frio aqui. E as seis horas de diferença de fuso horário que realmente acabam com qualquer um. Estou animada com as decorações de Natal, porque este ano teremos uma árvore de verdade, que será escolhida no bosque das árvores natalinas pelos meus sobrinhos. Comprei até enfeitinhos novos. Justo eu, a blasé. Natal é uma festa que me deixa mais triste do que feliz, porque pra mim parece que o mundo enlouquece por um mês, entra em surto por uma noite, quando todas as frustrações são descontadas nas comidas e presentes. E acabou, recicla os papéis coloridos rasgados, congela dos restos de peru e farofa e segue-se em frente, igualzinho como antes. Porque na verdade nada muda. Nem com o inicio do novo ano. Nestas férias de final de ano não quero fazer nada, nem me preocupar, nem estressar, nem me cansar. Se conseguirei, isso já é outra história.

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[a vitrola]

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Onze anos de bla bla bla aqui neste blog. Onde eu arrumo tanto assunto?

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Passei o dia com a cara enfiada no iPad e assisti pela Netflix toda a primeira temporada de Downton Abbey. Fazia anos que eu não via uma série, sem falar numa assim tão legal. O problema é que agora vou ter que esperar até janeiro de 2012 pra poder ver a segunda temporada.
Minha chefe contou que em Massachusetts os gazebos nos quintais são cobertos com tela por causa dos mosquitos. Nessas horas levanto as mãos pros céus por morar num lugar com verão seco. Vamos todos virar uns maracujás de gaveta, mas podemos almoçar al fresco durante o verão nos nossos gazebos sem tela.
No sábado eu e o Uriel giramos a manivela do nosso phonograph, colocamos um 78 pra rodar e dançamos o blues no meio da sala da nossa casa.
Em breve toda vida online vai se resumir ao Facebook. Todo mundo fazendo tudo por lá, sem conseguir sair. Buñuel feelings.
Comprei botas novas, da mesma marca, mesmo estilo, só a cor que é diferente.
Leio revistas velhas, rasgo e guardo páginas com idéias e receitas.
Essa é a minha última semana na casa dos 40. And I feel fine.
Fiz o que achei que deveria ser feito. E pronto.
Quase tudo não me interessa.

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o passado não condena