zoom zoom zoom zoom

*

Se você está achando o papo aqui na sala meio morno, pegue o seu dry martini e vá para a cozinha, onde a conversa está sempre animada e os hors d’oeuvres estão mais fresquinhos.

  • Share on:

por favor…

*

U—posso fazer alguma coisa por você?
F—sim, voce pode me dar algum tipo de droga que me ajude a não ver os horrores do mundo?

  • Share on:

as far as I’m concerned, it’s a lovely day

*

Aprendi com os anos a gostar do verão. Não pelo calor em si, mas pela grande mudança. As mudanças são o que me interessam, porque provocam uma expectativa, renovam, motivam para coisas novas. Gosto dos dias longos, de acordar com o sol, das frutas abundantes, do agito nas cidades, de poder nadar sem congelar, mudar de cor, vestir sandálias, almoçar e jantar no quintal, colher tomates da horta, beber água com rodelas de limão, fazer churrascos e picnics. O verão é colorido, mesmo nos dias terrívelmente quentes. Gosto do verão, até inicio de setembro, quando já começo a esperar ansiosamente pelas mudanças do outono.

  • Share on:

plain jane

*

Porque eu nunca esqueço um rosto, fico lascada quando reencontro pessoas a quem já fui apresentada inúmeras vezes e continuo ouvindo um “nice to meet you/ prazer em conhecê-la”. Suponho que devo ter uma cara incrívelmente comum, de pessoa que não marca, não impressiona, não faz diferença. Com a minha altura, meu nariz, meus olhos, meu sotaque, minha voz, minha conversa engraçadinha e quase desinibida, minha cabeleira descabelada, minha maneira palhaça-desengonçada de ser. Ah, como é insuportável a leveza de ser invisível

  • Share on:

verde

*

quintessa_2.jpg

  • Share on:

The best day is today

*

Tanto que ele se mostrou blasé, que acabei incorporando a sua maneira desconsiderativa de encarar datas e esqueci do aniversário. Culpa dele, que não liga. Mas eu acordo tão passada, não sei que dia do mês ou semana estamos. Muitas vezes nem lembro quem eu sou, onde estou, qual o propósito da minha vida e da minha presença neste planeta.
Caminhando, tomando banho, meditando na privada, são momentos propícios para se ter idéias, achar soluções, bolar planos, ter as estruturas abaladas por uma epifania. O que me faz pensar que não há melhor hora que esta, agora. Nunca mais vou ter essa idade, nem esse cabelo despenteado dessa exata maneira, nem os pés assim apoiados com essa leveza neste mesmo chão, iluminado por precisamente este raio de sol, neste momento em que pensei que nunca mais voltará e já se foi.

  • Share on:

o passado não condena