Food

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A lot of Food

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thank you so much for everything, Bob

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Se tem alguém pensando que eu perdi o trem do Modern Times, porque não escrevi sobre ele ainda aqui, está na estação errada. Comprei o novo album do Dylan no dia do lançamento e falei sobre ele no lugar mais aconchegante da casa. Já não está provado que as melhores conversas sempre acontecem na cozinha?
* ainda não parei de ouvir o cd, que estou achando cada dia mais lindo. e dia 18 de outubro vou vê-lo ao vivo em Sacramento. quem? Bob Dylan, darlings!

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What a shame, the weekend is over

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Não é preciso viajar, organizar encontros populares ou festas, para se passar um final de semana prolongado do balacobaco. Senti uma pena imensa hoje pela manhã – acabou!
Olha, como é bom ficar em casa! Ou sair às compras. Ou almoçar com uma amiga e ficar horas papeando no restaurante. Ou receber um telefonema do irmão. E cozinhar para a família. E dar uma geral em tudo. E beber vinho gelado. Baita coisas simples, mas quanto prazer!
Hoje, terça com cara de segunda, tudo está devaga-a-ar. Até os gatos estavam devagar. O movimento nas ruas estava devagar. Amanhã já estaremos de volta ao normal.

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um tradicional picnic

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Só porque todo feriado do Labor Day eu desejo ser Kim Novak dançando com William Holden, escrevi sobre uma tradição norte-americana e dou duas receitas que não podem faltar no seu picnic do 4 de setembro. Onde? Ah, na Sal a Gosto, a minha coluna semanal na Revista Paradoxo!

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o longo dia da semana sem fim do mês que não acaba

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Não sei o que fazer. Quando eu pedalo minha bike ela faz um barulho – peléctelecpetecpeléctelecpetecpeléctelecpetec – as pessoas estão notando. Eu não consigo ver o que é que está pegando e meu consertador de bicicletas está viajando. Quatro vezes por dia eu vou, eu volto, eu vou, eu volto, e o barulhinho chato firme -peléctelecpetecpeléctelecpetecpeléctelecpetec – está ficando constrangedor.
Fevereiro e agosto são normalmente os meses mais longos do ano. Neste ano janeiro bateu o recorde da lerdeza e este agosto já está desbotado de tão gasto, não aguento mais nem olhar. Mas hoje acaba, graçasdeus. Espero que com ele acabe também a novela infâme do meu verão.
Sou uma pessoa esganada, gulosa, olho maior que a boca, como dizia a minha mãe. Compro tudo o que vejo e que parece bom e interessante. Podem chamar isso de experimentalismo.
Uma coisa que me dava nos nervos era quando eu via o Gabriel se rebolando e se contorcendo todo, dizia vai fazer xixi guri, e ouvia como resposta um não tô com vontade. Agora faço uma coisa parecida, deixando a ida ao banheiro para o último segundo e depois me desabalo campus afora, em total desconforto e desespero.

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as oito verdades

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A querida Yara me jogou a peteca, então aqui estão as oito mais importantes verdades sobre mim:
ichi – sou preguiçosa
ni – sou fiel
san – sou gentil
si – sou distraída
go – sou preocupada
roku – sou vaidosa
sichi – sou chorona
hachi – sou dedicada

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Um grave problema com nomes

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Aqui eu ainda tenho uma desculpa para os meus embananamentos com nomes. Não é fácil colocar todos os jotas com os agás, tês com esses, os dáblius com ipisilones e ter sempre os Jim, Janet, Dave, Mitch, Susan, Steve, Marylou, Jon, Judith, Carl, Pete ou Martin na ponta da língua. Mas quando o problema já é recorrente, até na língua mãe, há de se convir de que o caso é mesmo perdido.
A Dona Lucy costurava pra mim nos anos que morei em Piracicaba. Ela tinha uma paciência de jó, era um doce de pessoa, sempre muito educada e gentil. Eu levava meus panos e minhas idéias malucas pra ela, que coçava o queixo, ficava com uma cara de quem estava prestes a afundar num poço de areia movediça, mas sempre respirava fundo seguia em frente com coragem e determinação e fazia tudo o que eu pedia, por mais esdruxúlo que fosse o pedido – e eles sempre eram. Eu adorava a Dona Lucy com seu jeitão simpático. Fui fregueza dela por anos, sempre falando Dona Lucy, Dona Lucy, levei até a minha mãe e irmã lá, que vinham de Campinas trazendo os panos para a Dona Lucy transformar em lindas roupas. Eu já estava de mudança, cascando fora de Pira e do Brasil, quando descobri que o nome da Dona Lucy não era Lucy… Era um nome totalmente diferente. E eu nunca entendi como foi que comecei a chamá-la de Lucy, nem por que, e à aquela altura do campeonato nem adiantava mais tentar remendar. Fui me despedir da Dona Lucy, chamado ela de Lucy, um equívoco que ela nunca, nunca, nunca contestou.

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Um dia perfeito

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Um dia em que se pode caminhar pelo campus da universidade para esticar as pernocas, às três da tarde, sem suar, vestindo camiseta, calça jeans e tênis. Um dia que começou com doze graus e não vai passar dos trinta. Um dia pra se deixar as janelas da casa abertas. Um dia para sentar no banco da praça e lamber um sorvetão ou beber vinho nas mesinhas da calçada de um restaurante. Sem falar que é um dia sexta-feira!

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Vamos esclarecer isso muito bem esclarecido

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Não é que ela não goste de você. Não é nada disso! Mas bem que ela preferiria que você fosse mais mal vestida, tivesse um cabelo mais desgrenhado, não tivesse um bom emprego, não escrevesse muito bem, não tivesse todas aquelas habilidades, não tivesse chegado primeiro, não pudesse contar com alguém, não opinasse, não se sobressaisse, não contasse, não aparecesse, não existisse.

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o passado não condena