escrever, comer, beber, ver filmes

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Quando penso que já não consigo escrever tão frequentemente aqui ou no Cinefilia e como estou sempre atrasada e atrapalhada com a correspondência, me pergunto what the hell estou fazendo abrindo outro blog? Mas quando me dá um faniquito, sai da frente. Passei dois dias com a bunda na cadeira montando tudo e vibrando de animação, esperando o domínio entrar no ar. Agora toca escrever no Chucrute com Salsicha todos os dias. Assunto não vai faltar, o problema será basicamente me organizar. Mas veremos….

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blogues

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Eu leio alguns blogues que não me lêem. Eu não leio muitos blogues que me lêem.
Blogueiros onipresentes: você entra em qualquer janela de comentário, de qualquer blogue e a figura está lá. Fico coçando o queixo, onde se arranja tempo pra isso?
Se em dois mil e um a blogosfera estava super populada, hoje já passou a China e está com uma cara única, um se sobressaindo aqui, outro ali.
Não gosto de blogues guia turistico. Não gosto de blogues de gente vivendo fora do Brasil e criticando o tempo todo o país hospedeiro. Não gosto de blogues mandões, sabe-tudo, metidos, críticos, escrachados e encrenqueiros. Não gosto de blogues descritivos e verborrágicos.
Gosto de blogues sobre a vida cotidiana, artísticos, criativos, com charme e classe.
Não tenho nenhum problema deletando blogues da minha lista de leitura.
Evito com cuidado os blogues chatos.
Leio blogues pra me divertir e entreter, não pra me estressar, chatear e irritar.
Escrevo pelos mesmos motivos.

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knocknock!

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trick or treat!!

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um lindo dia de céu azul

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Acordamos confusos achando que tínhamos dormido muito, mas ainda era cedo. Explicação, saímos do horário de verão e ganhamos uma hora de sono!
Saímos também da temporada dos chinelos, saias esvoaçantes, camisetas sem manga. Busquei no armário da estação oposta – onde eu guardo roupas de inverno durante o verão e vice-versa – por ítens mais quentinhos. Botas e meias, casacos, blusas de gola rolê.
Fomos ontem à melhor festa do ano em Davis! Bebi meio copo de vinho tinto, meio copo de vinho branco, ambos deliciosos, e passei o resto da noite bebendo água. Detesto ficar levemente bebum e com os dentes roxos de vinho em festas. Gosto de conversar, ouvir histórias e se beber muito fica tudo nublado. Eu quase não como em festa, mas na de ontem eu comi. Foi realmente a melhor festa, com muita gente legal, papo legal, até o Urso que tinha trabalho e não iria ficar, ficou!
Iniciei o dia feliz inundada por fotos deliciosas da minha família. Ver meu sobrinho vestido de esqueleto para o halloween me fez ganhar o dia!
E falando em halloween, como sempre, ainda não fiz nada, não comprei doces, não decorei a porta da casa, não mexi a bunda. Todo ano é essa novela e o halloween é uma das minhas festas prediletas. Senti saudades da Juju e da Paula, pois elas estavam aqui catando abóboras no pumpkin patch comigo no ano passado…..

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saskatchewan, porca miséria!

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Certa vez tive o desprazer de ter que conviver com umas figuras abomináveis que passaram longos e intermináveis meses aqui em Davis. Eles se achavam, entre outras coisas, o fino da bossa porque já tinham vivido por um tempo no exterior. Para brasileiro, exterior é Europa ou Estados Unidos e no caso desses tipos, exterior era Utah. Então tive que ouvir infinitos monólogos sobre a vida naquele estado maravilhoso, inclusive como lá tem o inverno mais frio do muundoo! Já pensaram? Minha inicial cara de blasé foi ficando verde de enjôo, amarela de saco cheio e finalmente vermelha de putice. Eu já não agüentava mais aquele papo aranha deslumbrado de quem tentava me explicar o que era frio. Um dia meu piquá transbordou e num tom de voz distintamente mais alto que o meu normal falei, eu sei o que é frio, já morei em Saskatchewan, sabe lá no norte do norte? olha no mapa, você vai entender o que eu estou falando! Depois disso não ouvi mais nem um piu sobre o tal inverno rigoroso no Utah.

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Mondavi é o centro para as artes

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Quando eu escolho os shows em que quero trabalhar a cada nova temporada do Mondavi Center, não arrisco muito. Vou tateando pelo Jazz, Gospel, teatro, shows internacionais, como os japoneses, os africanos, os brasileiros. Claro que se tem uma Margaret Cho ou o Rock Horror Show, eu estarei lá, mas pulo as sinfônicas, as óperas, os balés clássicos, acrobatas chineses e palestras em geral. No começo eu arriscava mais, porém aprendi que não ver show nenhum é muito melhor do que enfrentar um show chato, com uma platéia chata e ficar irritada ou bocejando por duas horas.
Terça-feira eu arrisquei e ganhei. Sei lá por que me inscrevi num show que nem sabia que tipo de música era. Acho que li rápidamente a sinopse e achei que valeria a pena. Foi realmente interessante, três shows em um. Uma opereta moderna do argentino Osvaldo Golijov, interpretado pela soprano Dawn Upshaw e o grupo eighth blackbird. O programa estava confuso, mas foi bem diferente. Outro argentino, radicado em Los Angeles, Gustavo Santaolalla, apresentou quatro canções muito bonitas, duas acompanhadas pela linda voz da Dawn Upshaw. Depois o grupo eighth blackbird apresentou uma composição ultra-moderna do compositor Derek Bermel e finalmente Dawn e os blackbirds interpretaram Ayre do Golijov. Muita gente não gostou do enfoque moderno que o argentino deu para a música clássica, mas eu gostei bastante.
Ontem trabalhei numa performance clássica do McCoy Tyner Trio. Piano, violoncelo e bateria, numa apresentação suave, sofisticada e concisa. Tyner foi amigo, compositor e pianista do John Coltrane. Só esse detalhe do curriculo dele já bastava para levar centenas de pessoas ao teatro. Eu particularmente gosto muito do público de Jazz, pois eles têm uma vibração legal. Claro que sempre aparece um chatonildo irritante, como o casal que trocou de ingressos três vezes porque não gostaram do lugar designado e no final acabaram sentando reclamando que ainda não estavam satisfeitos, mas, for peter’s sake, não dava mais tempo de fazer outra troca.

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nem preto, nem branco

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Eu ando um tanto irritada com patrulhas que dividem tudo em preto e branco e que não admitem a possibilidade de inúmeros tons de cinza. Me dá nos nervos as rotulações, como se só existissem duas maneiras de ser e pensar, nada intermediário, nenhuma nuance. Estou cansada das ditaduras das idéias, se você não pensa assim é porque pensa assado, se não é cozido com certeza é refogado. E quem é que pode dizer o que ou quem está certo ou errado? Nem Salomão, meus caros, nem Salomão.

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o passado não condena