um dia curto

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Hoje meu dia se encerra às quatro e meia da tarde. Eu vou sentar no sofá provida de guloseimas e se alguém falar comigo, me telefonar ou me escrever, vai ficar sem resposta. Vou estar ocupada, concentrada, roendo as unhas, xingando [com certeza!], rindo alto, vibrando, totalmente embasbacada, porque hoje é “O DIA” – denominação que o meu marido deu para este evento especial, que me fascina e me absorve desde que eu tinha quinze anos. E ele já sabe que durante algumas horas ele está proíbido de fazer qualquer coisa que desvie meus olhos da telinha da tevê. Esse é o meu dia de dominar absoluta na sala de televisão. Não me pertubem, pois por mais de três horas eu não vou estar pra ninguém, não quero conversar, nem tirar a bunda do sofá… é que não posso perder um milésimo de segundo do melhor show do ano – a entrega do Oscar!

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floração

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» eu adoro esta época do ano, quando a natureza aparece com uma surpresa todos os dias. desta vez foi a árvore de nectarinas, que vimos toda florida da janela do nosso quarto. fui ao quintal, para olhar de perto e reparem só, na última foto, a xeretice incontrolável que teve que ficar de plantão, me vigiando de uma das janelas!

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don’t dream it, be it!

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Fui impulsiva me voluntariando para trabalhar no apresentação das onze da noite do The Rocky Horror Show. Fui impulsiva comprando um ingresso para o Uriel. Corri o risco de ver o show em pé, de ficar podre de cansada, do Uriel detestar tudo, afinal de contas a história não tem muito pé nem cabeça.
Mas felizmente, meus atos impulsivos foram totalmente recompensados! A house manager ficou tão feliz de me ver lá no teatro, que atendeu prontamente ao meu pedido de trabalhar na Orchestra Terrace, onde o Uriel iria sentar. Havia poucos voluntários, então trabalhei com uma pessoa só na minha seção, quando o número normal [e necessário] é de quatro a seis pessoas. Mas deu tudo certo. Apesar do teatro estar com a lotação quase esgotada, conseguimos sentar nas cadeironas especiais e assistimos ao show bem confortáveis.
Uma casa de seissentas pessoas difere enormemente de uma casa de mil e quinhentas. E eram mil e quinhentas pessoas super animadas e fantasiadas, carregando sacos de arroz, jornal, lanternas, papel higiênico, baralhos, além de alguns itens proíbidos, como torradas e sprays de água que ninguém entende como passaram pela restrita segurança da entrada, que revistou todo mundo, bolsas, mochilas. O teatro ficou um lixo no final do show, mas a apresentaçào foi memorável. A platéia participou animadamente o tempo todo, cantando, dançando, falando e interagindo com os personagem. A cena do casamento entre o mestre e o monstro, foi um climax, com chuvas de arroz jogadas pelo público vindas de todas as direções dentro do teatro.
De onde eu estava, eu podia ver a cara sorridente do Uriel. No intervalo eu perguntei – está gostando? e ele respondeu – sim, está muito legal. Fiquei feliz que ele gostou e curtiu, porque eu adorei, mais dessa segunda vez do que da primeira apresentação de estréia. O show de ontem foi um pouco mais longo que o de quinta-feira e terminou quase duas horas da manhã. Mas foi uma experiência única e a primeira vez que tive a companhia do Uriel no Mondavi Center!

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pares

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The Rocky Horror Show

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The Rocky Horror Picture Show é um filme pitoresco de 1975, que mistura horror, ficção cientifica e erotismo. O carro de um casal de noivos caretas quebra no meio do nada e, procurando por um telefone, eles acham o castelo do Dr. Frank N Furter, um extra-terrestre travesti. Nada faz muito sentido na história, mas o filme é super divertido. O detalhe mais importante do The Rocky Horror Picture show é que ele virou cult por causa da participação da platéia. Cinemas costumavam passar o filme na noite de Halloween, quando a platéia ia vestida como os personagens, carregando papel higiênico, arroz, salsichas, lanternas, velas, torradas….
O Departamento de Teatro e Música da UC Davis está fazendo apresentações do The Rocky Horror Show no Mondavi Center e ontem eu trabalhei na estréia. Foi bem divertido, muita gente na audiência veio fantasiada e jogaram arroz e papel higiênico [salsichas e torradas não foram permitidas no teatro!], falaram com os personagens, dançaram e interagiram com os atores, que circularam muitas vezes pela platéia. A música é muito bacana, tocada por uma banda muito eclética, que fazia coro com vários super-heróis que nos ajudaram a levar as pessoas para as suas cadeiras numeradas.
Hoje o grupo faz uma apresentação às onze da noite e o teatro já está lotado, com quase todos os ingressos vendidos. Como a house manager ainda estava pedindo por voluntários, pois um show que começa às onze e termina à uma da manhã não atraí muita gente para trabalhar, eu me ofereci. E comprei um ingresso para o Uriel, que assim vai poder voltar comigo. Como conheço o teatro como a palma da minha mão, comprei um ingresso super bem localizado pra ele. Só resta saber se ele vai curtir o Rocky Horror Show tanto quanto eu curti!
» como começou a participação da platéia nas apresentações do filme.
» como e com que participar no The Rocky Horror Show.

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Why Sideways?

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Uma pequena trivia para a Meg, que como eu também adorou Sideways. Por que esse título, se a palavra sideways não é nem mencionada durante o filme?
O autor do romance que deu origem ao filme, Rex Pickett, diz que Sideways é uma gíria inglesa para bêbado e é usada comumente em frases como – “did you get sideways last night?” O título do filme também pode ser interpretado como uma referência à maneira com que as garrafas de vinho ficam guardadas nas adegas.
Eu vi o filme, que adorei, mas como boa Tonha-da-Lua que sou, nem tinha pensado no por que do título. Vi essa pequena nota no caderno Taste do jornal SacBee e agora estou toda pimpona, não só sabendo, mas também divulgando. Sideways, baby!

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garimpagem

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As coisas mais interessantes que eu tenho na minha cozinha são achados de thrift stores, como esses pratos com as moscas! Eu passo de vez em quando nas lojinhas da cidade. Gosto da do SPCA, porque sei que o dinheiro que eu gasto lá ajuda os cães e gatos orfãos e abandonados. E é lá que eu acho as coisas mais bonitas e diferentes. Quando vi esses pratos das moscas não acreditei…. agarrei todos bem rapidinho e fiquei com uma risada besta na cara. Geralmente é assim, eu passo os olhos pelas prateleiras e vou agarrando tudo o que eu gosto. É gostou, pegou, porque se você não pegar, alguém que virá logo depois de você com certeza irá e então é byebye forever, porque você não encontrará algo similar tão cedo. Fico pensando em quem doa essas coisas diferentes pra lojinha. Será que comprou e não gostou? Ou enjoou? Muitas vezes são coisas lindas e novas. Eu acho que as thrift stores são uma das poucas conseqüências positivas do consumismo desenfreado que se pratica aqui. Pelo menos essas pessoas doam as tralhas, não vendem, como outras pessoas fazem em garage sales. E eu vou lá e compro, o que não deixa de ser consumismo também, mas pelo menos eu me concentro na boa causa, de ajudar os bichinhos, e me sinto muito mais leve, sem culpa.

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Moa & Fezoca perguntam….

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Minha família fica feliz quando eu saio na mídia. E hoje estou na coluna do Gravatá, no jornal O Globo, fazendo umas perguntas pro José Wilker! Quem realmente formulou as perguntas foi o Moa, meu amigo querido que escreve comigo no Cinefilia. Estou representando o nosso blog cinéfilo com a minha carona mal humorada, fazendo torcida contra o Leonardo Di Caprio… hohoho!

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o passado não condena