coçar e comprar é só começar

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Achei uma calça no meu closet. Eu estou sempre achando coisas lá dentro, peças de roupa que comprei em alguma liqüida, por algum preçinho irresistível que não pude deixar passar, mas não sei como usar. O problema dessas roupas – que é também o motivo pelo qual elas se perdem e são esquecidas dentro do armário – é que elas nem sempre são na minha numeração, ou na cor que me favorece, ou no modelo que me agrada. Parece coisa de louco, não? Mas é simples de explicar, péra lá.
Me digam como é que eu vou resistir à uma calça cáqui da Calvin Klein por $3,99? O número é um pouco maior e a calça fica caindo na cintura? No problema, eu dou um jeito! E aquela blusinha listrada de rosa e roxo por $6,98? Usarei a criatividade para integrá-la nos meus outfits diários. E tem a saia longa de listras verdes e beige que custou apenas $12,00 mas me deixa barriguda. Ah, eu uso com um pullover grande. E a camisa de seda com estampa de zebra que eu achei por meros $5,79 e que precisa lavar a seco? Ah, um dia eu vou precisar de um visual funky. E a camiseta com a cara do Cat in the Hat que é um pouco pequena e provocou um comentário da Reidun? Eu vou com certeza usar no verão! E por aí vai… Meu guarda-roupa é cheio de peças assim, com história e poeira.
Ontem vesti teimosamente a calça cáqui que achei no armário e que é um pouco grande para mim. Apertei bem a fivelinha da cintura e passei a tarde fazendo coisas e vigiando se a calça não estava caindo além do limite aceitável. É um exercício de criatividade usar essas roupetas que encontro em liquidações por aí. Felizmente, ando me controlando mais nesses impulsos consumistas de mão-de-vaca. Agora eu penso, repenso, devolvo a roupa antes de fazer a besteira de comprar algo só porque está super barato.

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Balé Folclórico da Bahia

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Iniciei a minha temporada de outono no Mondavi Center oportunamente, com o maravilhoso show do Balé Folclórico da Bahia. Encontrei muitos amigos brasileiros no teatro e revi pessoas que eu não via há anos. Espero que vire tradição pelo menos um grupo brasileiro por ano se apresentando no teatro da UCDavis.
O show do Balé Folclórico da Bahia foi espetacular! Colorido, vibrante, mostrando as danças da nossa cultura negra e indígena. O grupo dançou o Boi-Bumbá, Ginga, Xaxado, Maracatú, Maculelê, Samba de Roda, Afixirê, Capoeira, acompanhados de tambores, berimbau e cantoria. O final foi apoteótico, quando as bailarinas correram pelos corredores da platéia, chamando os espectadores pra dançar. Os tambores também sairam do palco e o show acabou na frente do teatro, com uma multidão aplaudindo animada.
Eu fiquei até depois do teatro fechar, porque encontrei tanta gente conhecida, que não dei conta de conversar com todo mundo. No fim bati até um papinho com alguns dos bailarinos do grupo. Fui cumprimentar que rapaz que tocou o berimbau, dando um show à parte com o hino nacional americano [foi piegas, mas funcionou] na cordinha e depois a música Asa Branca. Fenomenal! Ele foi tão simpático, me disse que o Balé Folclórico da Bahia está excursionando pelos EUA desde setembro e que a platéia de Davis foi a mais simpática e calorosa até então. Eu respondi que eles não perdem por esperar a platéia em Berkeley! Ele também disse que está gostando de tudo por aqui, mas que ele sente falta da comida baiana. “Não tem nada como o feijão da Bahia..”. Eu concordei, pois a Bahia é mesmo única, em todos os aspectos, não só na comida!

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she is stuck in sac

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Ela é uma das minhas melhores amigas aqui na Califórnia. Desde que eu a conheci, há mais de três anos, que eu torcia para que ela fizesse um blog. Ela é inteligentérrima, culta, atualizada, politizada, escreve muitíssimo bem e sabe argumentar e discutir um assunto com habilidade e elegância. Finalmente ela se rendeu à onda blogueira e já virou minha leitura diária. Leila is stuck in sac!

dia de branco

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Sabe aquele dia em que você acorda com vontade de fazer nada? E a vontade de fazer nada persiste e se intensifica conforme as horas vão passando? E você se deixa levar pela onda e faz nada, mesmo notando com um rabo de olho que há muita coisa esperando para ser feita? Hoje é um desses dias pra mim……

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o morto de fome

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Preciso tirar uma foto do gato Roux hoje, pra comparar com uma foto de quando ele chegou e ver o quanto esse bicho já engordou. Também não é pra menos, o dito come como um esganado. De manhã, quando os dois gatos ganham a comida de lata, precisamos ficar vigiando o fulaninho, pois ele devora a parte dele, num desespero total comendo com o bocão aberto, espalhando comida para todos os lados, fazendo um barulho fenomenal como se não visse comida há dias. Mal vê o fundo do pote dele e já vai atacar a comida do pobre Misty. Esse, por outro lado, é um lorde! Come devagarzinho, mastigando com a boca fechada, sem fazer barulho, sem esparramar comida no tapete e vai aos pouquinhos. Saboreia bem a comida, sai e vai se lamber, olhar o infinito, pensar na vida, volta e come mais um pouquinho, tudo com muita delicadeza e educação. Mas se não vigiarmos, o gato Roux não dá chance pro gato Misty fazer seu ritual zen do café da manhã, pois ele empurra o Misty e devora toda a comida.
É interessante observar a diferença de personalidade entre os dois gatos. Um festivo, super ativo, arteiro, brincalhão, comilão, sem modos e o outro austero, quietão, passivo, treinado nas boas maneiras. Cabe à nós interferir com jeitinho e tentar equilibrar um pouquinho as diferenças que prejudicam um ou outro.

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Many Thanks!

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Não vou conseguir responder um por um, mas fiquei muitro feliz com todos os comentários deixados aqui, no Orkut e no Multiply e com os cartões virtuais e telefonemas. Obrigada! Merci! Thanks! Isso tudo fez meu dia muito mais especial.
Agora, feliz com meus tickets pro show do Dylan nas mãos [thanks to my sweet Gabe!] e pimpona com os meus quarenta e três anos, estou pronta pro que der e vier. Off I goooo, people!!

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bugs!

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O vírus inglês me pegou de jeito e não está sendo muito gentleman, pois já poderia ter me largado, deixado eu voltar para as minhas atividades normais, mas não, o chatonildo de chapéu e casaca insiste em ficar…. hóspede inconveniente.
Os spammers voltaram, num ataque fenomenal ontem pela manhã. Malditos bastardos! Reativei a black list. Se alguém por acaso não conseguir comentar aqui, me manda um e-mail[e-mail].
O pest control guy gastou quase duas horas espirrando mata-formiga na minha casa. a infestação estava poderosa, com formigas até nas tubulações dos fios elétricos. O cara abriu tudo, bafejou cada buraquinho com o pó, praticamente lavou o quintal e o jardim com um produto novo, que segundo ele é batata. Fiquei intoxicada só de olhar. O gato Roux teve uma manhã agitadérrima, se pendurando nas pernas do cara e xeretando tudo o que ele fazia. Eu estou de saco cheio dessas formigas, mas o cara me garantiu que não sou a única com esse problema aqui em Davis. Ele disse que choveu duas semanas atrás e que isso deixou os bugs loucos. Ainda não é tempo de chuva.
Hoje o detetor de fumaça do meu quarto começou a apitar às 6am e ainda não parou. A cada minuto ele solta um ‘pí’ estridente. O Senhor Urso se pirulitou na boa. Eu não sei como mexer nesse treco, sem falar que o pé direito do meu quarto é altíssimo e nunquinha que vou subir numa escada pra alcançar o tal detetor. Eu tenho horror de altura!

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o passado não condena