libriana
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Não gostei desse filtro “modinha” e não consegui decidir mais nada.
Em junho e julho abracei uma nova rotina, fazendo caminhadas às 6 am. Fiz isso por causa do calorão que me impede de caminhar durante o dia e depois do trabalho [tem dias que está quente até 9pm, não dá!]. Nesse período tirei muitas fotos da minha vizinhança—casas e plantas. A maioria das fotos, publicadas no instagram, tinham o título de 6:30am. A luz da manhã é belíssima! Parei com essas caminhadas matinais por causa da minha operação, mas estou sentindo falta e planejando voltar na próxima semana. Caminhar pela vizinhança, respirando o ar fresco da manhã é bom pro corpo, bom pra mente, bom pra alma.
Nos filmes que assisto, todos os atores já estão mortos. Com exceção da Olivia De Havilland.
A mãe do Ian Fleming na série Fleming: The Man Who Would Be Bond é a cara da minha dentista.
Voltei a trabalhar depois de uns dias de molho e primeira coisa que ouvi foi história da Ogra, que parou na frente do cubo da minha amiga e disse—você não vai elogiar a minha calça nova? Calça nova—uma calça imensa e preta, igual a todas as outras que ela usa, só que num tamanho menor, XXXL ao invés de XXXXXL. Ogra, a mulher-abutre, perdeu peso, tá se achando e quer elogio.
Já eu fui trabalhar vestindo shorts e meia de compressão numa perna só. Fiquei andando pra lá e prá cá o da inteiro e ninguém reparou em nada. Tudo normal com o meu look saci pererê. Isso diz muito sobre o lugar onde eu trabalho.
Teve churrasco de verão na firma. Toda festa fica todo mundo aguardando o que eu vou levar. Desta vez decidi—vou levar um pão. Pensei em fazer salada de batata, mas depois tive um momento foda-se, porque eu ainda tô me recuperando de uma cirurgia e decidi levar apenas pão. Um pão que comprarei no supermercado, logicamente. Se alguém se sentiu decepcionado, devolve a ficha no guichê.
Incrivel que os anos 80 já são vintage! Mas quero mesmo é fazer um picnic vestida com roupas dos anos 40.
Estou escrevendo um livro aqui nos EUA equivale a estou fazendo aulas de inglês no Brasil. #TodoMundoFaz
Segunda-feira, nove da noite, festa na beira da piscina, eu com frio e exausta, o convercê não tinha fim e de repente eu falo um CINQUENTA! O cérebro cansou, desligou o inglês, entrou em ponto morto.
Entardecer da sexta-feira, fui para o encontro mensal do grupo de colecionadores de Barbie. Como fui convidada pra isso é uma longa história, porque nunca nem tive Barbie. Sou do time das meninas endiabradas que destruíam as Susis. Era um show & tell, então imprimi fotos da Susi [e da Susi e Beto juntos—duas do Beto sozinho, pelado] e fui na maior cara de pau. Minha Susi brasileira até que fez sucesso e muitas pessoas ficaram interessadas. Não sei se voltarei, porque nem tenho boneca, muito menos coleciono, mas o pessoal lá é profissional e têm quartos inteiros na casa reservados pra coleção. E as bonecas são impressionantes.
E na reunião dos webworkers no campus tinha um moço de camisa de manga comprida, gravata, sapato de couro e um cabelo com um corte totalmente anos 30! Queria ter tido coragem pra tirar uma foto, mas não tive. O look vintage dele estava diferente, porque programadores estão sempre de chinelo, camiseta, cabelão ao vento. Minto, um dos programadores que tinha um cabelão preso como se fosse um samurai, agora está de cabelo curto e bigode. Um ex-samurai de chinelo de dedo e bigode.
Eu sonho que a recuperação dele seja mágica. ✨
Oi, pode entrar, é aqui mesmo! Você não clicou em blog errado. Este é o velho The Chatterbox de guerra, finalmente de casa nova depois de quase dezesseis anos de estrada. Não estava pensando em mudanças visuais, mas fui obrigada. Há anos que eu estava querendo aposentar o publicador que eu usava desde 2001, o Movable Type, pois ele deixou de ser o melhor programa já faz uma década. Mas a falta de tempo me fez protelar. Sem falar no medo da trabalheira que iria ser mudar tantos anos de tagarelice e imagens de um lado pro outro. Aproveitei uma folga que tive, folga forçada por causa de uma pequena cirurgia, e usei os dias de cama pra fazer a migração. Foi uma tarefa hercúlea e precisei da ajuda do meu filho no final, mas consegui migrar meus blogs para o WordPress. Uma das grandes vantagens desse publicador é que agora meus blogs são responsive, ou seja, visualizam bem em todas as plataformas. A Matraca agora é mobile friendly e tem um monte de outras coisinhas utilitárias. Por favor me avisem se virem algo quebrado, que eu consertarei prontamente. Bem-vindos a nossa nova moradia, fiquem a vontade e divirtam-se!
A regra para os próximos dias é: ninguém sai na rua depois das 9:30 am.
Frases usadas ontem e que serão reusadas muito até o final do verão:
—it’s disturbingly hot out there!
—a ridiculous heat!
—it’s unsafe to breathe.
Estamos a uma semana do 4th of July, então é isso mesmo. Calor, calor, calor, calor e mais calor. ☀️
No farmers market:
Moça vendendo tomate—tem alguém aqui que está cheirando muito bem!
Moça comprando tomate—não sou eu.
Fer—então deve ser eu. ¯\_(ツ)_/¯
Claro que era eu. Sempre sou eu.
Não sei como acabei com a incumbência de fazer a salada para o churrasco na casa da minha amiga. Estava na cozinha cortando os tomates, as abobrinhas e as cebolas quando a mãe dela chegou. Assim que fomos apresentadas ela disse—você está me fazendo lembrar a Ingrid Bergman, num filme onde ela está na cozinha preparando breakfast para o Cary Grant! Dei uma risada alta, porque não acho que tenho absolutamente nada semelhante à superstar sueca. A única coisa que eu e a Ingrid Bergman temos em comum é a altura e o fato dela estar na beira do fogão, segurando uma espátula e fritando um ovo no tal filme. Mas a mãe da minha amiga achou que tinha algo com o meu cabelo preso e o fato de eu estar usando um vestido e passou a festa toda me chamando de Ingrid. Sou uma pessoa modesta, não me acho bonita, nem elegante, nem chique, mas fiquei tão feliz e lisonjeada com esse baita elogio. Quero prender meu cabelo mais vezes e usar muitos vestidos daqui pra frente.
O filme é Indiscreet, de 1958.