the state of being debonair

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No meu caminho pro trabalho uma paisagem impressionante com sol e neblina.
Carnaval coincidindo com super bowl. Duas coisas que eu…. Zzzzroncronronc….
Gritei muito alto e várias vezes durante uma cena chocante no episódio 5 de Downton Abbey. Assustei o gato, que saiu correndo.
De cada dez candidatos à vaga de programador pra qual estamos contratando, doze são indianos.
Sopa com pasta de curcuma, respigo acidental na blusa clarinha, adeus roupa usável. Como tirar mancha de curcuma em quinze passos. #JogaLogoARoupaFora
Analistas de Bagé abundam.
Na bancada da cozinha do trabalho de manhã cedinho, três caixas com tangerinas pra quem quisesse pegar. Eu quis muitas.
Não importa a sombra da marmota. A realidade é que nesta semana teremos inverno e na próxima semana já será primavera.

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termina, janeiro, termina

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O resumo da ópera é que passei o mês de janeiro inteirinho doente e me sentindo um bagaço. Gripe, tosse, conjuntivite, infeção de ouvido, tinnitus, e agora uma costela rachada ou fraturada. Parei de caminhar, não voltei a nadar, abandonei a zumba. É a velhice se instalando, pronta pra ficar incomodando pelos próximos trinta anos.
Li umas coisas engraçadas que escrevi no passado e dei muita risada. Até isso tô perdendo? Só escrevo abobretes depressivas.
Dizem que choveu bastante neste mês, melhorou nossa condição de seca severa. Até vi que choveu, mas não tava muito concentrada na chuva, pois tinha que parar toda hora pra tossir.
Será que quebrei uma costela tossindo?
Uma grande alegria de trabalhar em casa um dia por semana é que posso fazer coisas na cozinha, como assar dois bolos de laranja e levar um pra dividir com meus colegas no trabalho. O sucesso desses bolos me deixa pasma. Nunca pensei que iria virar a “funcionária gourmet”, mas virei.
Neste inverno praticamente todos os limões que tenho usado foram ganhados ou forrageados. Minha terra tem limoeiros!

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coisas de outro mundo

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Meu marido vai em todo tipo de seminário pelo menos uma vez por semana na região onde ele trabalha [Silicon Valley]. Outro dia me contou que foi à dois. Um deles, com foco em engenharia elétrica, apresentado por um grupo que pesquisa comunicação extraterrestre.
Eu, pessoa não cientifica—hahahahahaha, pesquisar comunicação extraterrestre, que desperdício de dinheiro!
Ele, professor pardal—você não tem ideia de quantas tecnologias já implementadas no nosso dia-a-dia se originaram em pesquisas desse tipo.

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smacking the queen bitch

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Faz silêncio na noite daquela pequena cidade. Ela vai pro quarto enrolada na toalha marrom e veste a calcinha velha de rendas (rasgada já ali do lado—olha, você precisa jogar esse trapo fora!) e a camisola de flores azuis. Liga a música. É tarde, os vizinhos estão dormindo, será que alguém vai reclamar? Ah, danem-se! Põe David Bowie bem alto, cantando “she’s so swishy in her satin and tat in her frock coat and bipperty-bopperty hat oh god, i could do better than that..” e dança. O que uma mulher tão bonita e jovem e inteligente e interessante faz sozinha numa madrugada de um domingo desses? Ela não tem resposta. Só dança com a Queen Bitch, que a faz suar e deixar sair todos os pensamentos que gostam de pipocar—pop pop—na cabeça justo na hora errada. É hora de dormir, cala a boca sua chata! E dança, que é a última chance antes que a policia chegue e você tenha que explicar o que esta fazendo aqui, pulando de calcinha rasgada e camisola de florzinha numa hora dessas, enquanto todo mundo esta dormindo…
[* textinho que escrevi no final do século passado, numa fase em que David Bowie me fez muita companhia. hoje foi um dia muito triste. thanks for everything, dear David! you will be missed.]

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menos kkkkk, mais hahaha

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Por que ainda não fui trabalhar, parece que o ano ainda não começou direito. Ficar em casa é bom, mas ficar em casa doente não é nem um pouco. Estou escrevendo com um olho só e com aquela sensação de água entupindo o ouvido. Infecção de garganta, de ouvido e conjuntivite, tudo ao mesmo tempo. E a médica muçulmana me dando bronca por não ter tomado a vacina da gripe. Dá licença!
Em 2016 quero ler menos clichês. Quero ver mais autenticidade e sentir mais presença, ver menos forçação de barra e sentir menos indiferença. Encerramos um ano tenso e desafiador, e neste ano novo quero fazer coisas novas, quero me libertar desse aprisionamento no globo de vidro.
Queria poder dizer um belo e alto FODA-SE, mas vou ter que ser gentil e apenas sair a francesa.

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bundle up

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bundleup.jpg » para a última semana do ano

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o passado não condena