best friend

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Fezoca e sua melhor amiga Silvia


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fire drill

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Os caras do management [sempre eles!] estavam limpando as teias de aranhas no teto dos corredores. Eles têm que usar uma escada mecânica, dessas que ficam instaladas num carro, porque o pé direito é realmente alto, com janelas de vidro lá no topo. Bom, não sei o que os dois zémanés fizeram, mas eles detonaram o alarme de incêndio do prédio.
Todo mundo sabia que não era nada, que tinha sido apenas uma mancada dos caras limpando as teias de aranhas, mas nós somos obrigados a fazer todo o procedimento do fire drill. Nós temos centenas de crianças dentro das salas e somos regulados por trocentas e duas leis. Eu acho certíssimo o jeito que as coisas são feitas, não só pela segurança, mas também pela prática. No dia que realmente houver fogo [toc toc toc] já sabemos o que fazer ‘by heart’.
Então pegamos todas as crianças e as levamos para o fundo do playground, encostadas na cerca. Checamos banheiros e classes e fizemos a chamada, para conferir se todas estavam lá. E esperamos de pé a chegada dos bombeiros. Eles chegam em menos de cinco minutos. As crianças ficam num excitamento incrível, porque pra elas os bombeiros são quase iguais aos super-heróis. Dois caminhões chegam. Os bombeiros checam o prédio todo. E sempre entram pra conversar com as crianças e dizer que elas fizeram um ‘bom trabalho’ obedecendo às professoras e seguindo as regras do fire drill. É muito engraçado como todas elas olham para os homens vestidos de amarelo, com a boca aberta e os olhos brilhando. Essa foi a parte mais excitante do dia para todos lá na escola. Graças aos desengonçados limpadores de teias de aranhas.

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Primas

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Eu adoro essa foto! Eu e as minhas primas: Sônia na frente, Ana Beatriz agachada no chão, Heloisa à esquerda e Fezoca à direita. No meio, a Cris [ainda bebê, hoje ela tem 22 anos!]. Só está faltando a minha irmã nessa foto. Onde cê tava, Lezoca?

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Tao II

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ACCEPTING THE IRREVOCABLE
Nature’s way is to say but little;
high winds are made still
with the turn of the tide,
and rarely last all morning,
nor heavy rain, all day.
Therefore, when talking,
remember also
to be silent and still.
He who follows the natural way
is always one with the Tao.
He who is virtuous may experience virtue,
whilst he who loses the natural way
is easily lost himself.
He who is at one with the Tao
is at one with nature,
and virtue always exists for he who has virtue.
To accept the irrevocable
is to let go of desire.
He who does not have trust in others
should not himself be trusted.

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Tao

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THE CREATIVE PRINCIPLE OF TAO
The creative principle unifies
the inner and external worlds.
It does not depend on time or space,
is ever still and yet in motion;
thereby it creates all things,
and is therefore called
‘the creative and the absolute’;
its ebb and its flow extend to infinity.
We describe the Tao as being great;
we describe the universe as great;
nature too, we describe as great,
and man himself is great.
Man’s laws should follow natural laws,
just as nature gives rise to physical laws,
whilst following from universal law,
which follows the Tao.

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pernalonga

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Seguindo o trend iniciado pelo Hiro:
A famosa Pernalonga!
uma pequena grande fezoca

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Eu e Ca Mam

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Eu sonhei com a Ca Mam. Isso reflete um pouco a minha culpa, por estar devendo mensagens pra ela. E também porque tenho vontade de conhece-la. Nesta semana conversei com uma colega de trabalho que é chinesa. Ela nasceu no sul da China e veio pros EUA pequena. A família do pai está toda aqui, mas a da mãe continua na China. Ela disse que desde 87 que não visita a família que ficou por lá. Ela fala inglês perfeito, mas se nota um leve sotaque oriental. Eu então contei da Ca Mam pra ela, da viagem que ela fez à China e de como eu me deliciei com as histórias e fotografias que ela colocava no blog.
Ca Mam, no sonho nos fomos juntas a um templo budista. Estávamos num carro antigo, desses americanos da década de 50, vermelho e branco. Eu quis voltar rápido pro carro, porque tinha certeza que tinha deixado a porta destravada [essa coisa de ser distraída é uma característica minha!]. E quando voltamos ao carro, a porta estava mesmo destrancada e eu pensava ‘Graçasadeus que não roubaram o carro da Ca Mam!’. Não sei em que cidade estávamos, mas eu me sentia realmente feliz de lhe ver e dizia que pessoalmente você era um pouco diferente das fotos suas que eu tinha visto no seu blog .
Que viagem, hein? Foi um sonho legal!

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ohsunnyday!

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Tragédias do cotidiano:
Ontem eu queimei [derreti] um tupperware dentro da máquina de lavar louças. Hoje eu queimei um bolo de banana, que cresceu e caiu no forno. Tem um alarme de incêndio na cozinha e toda hora o dito cujo detona, com uma barulheira insuportável e então toca eu a abanar o teto que nem uma louca com um pano de prato, pra fumaça espairecer e o treco parar de apitar.
Também fui fazer um pão de queijo, desses de pacotinho que a Clau me deu e pus muita água e deu tudo errado…. Ficou uma gosma. To precisando me benzer! Cruizes!
Música:
Ou simplesmente chacoalhar o esqueleto. Amanhã no Powerhouse Pub tem show de uma banda de funk que eu gosto – Mercy Me. Somente seis mangos!
Cinema:
E nos cinemas não há absolutamente NADA que eu queira ver. Monotonia pré-Oscars.
Teatro:
Uma das atrizes da peça The Vagina Monologues, em cartaz aqui em Sacramento, chama-se Andrea Porras.
Televisão:
A nova temporada de Six Feet Under está pra estrear na HBO! Oba!
Livros:
Terminei uns dias atrás o Ensaio sobre a Cegueira do José Saramago. Quando fechei o livro e deitei, meu travesseiro estava todo molhado de lágrimas. Pelo menos o final foi positivo, porque eu estava esperando uma tragédia total. Acho que nunca li um livro me sentindo tão tensa. Não vou esquecer da história tão cedo. Comecei outro livro logo, pra quebrar aquela atmosfera meio pessimista e dark em que o Saramago nos coloca. Estava de olho num livro faz um tempo e finalmente comprei. Black, White and Jewish da Rebecca Walker, que é a filha da escritora Alice Walker [da A Cor Púrpura] e do advogado Mel Leventhal. A mãe negra e o pai branco e judeu. O livro é muito interessante, porque ela conta como foi crescer entre esses dois mundos que se antagonizavam [ela nasceu em 69 em Jackson, Mississipi, quando os casais inter-raciais eram uma afronta], entre as famílias do pai e da mãe que não socializavam e expõe todas as seqüelas de crescer não conseguindo se posicionar em lugar nenhum, vivendo um tempo com a mãe, outro tempo com o pai e não sendo nem totalmente branca, nem totalmente negra.
Política:
Preciso começar a entender a política daqui. Dia 5 o Estado da Califórnia terá sua Primary Election para Governador e a tv está abarrotada de propaganda política. São quatro candidatos: o atual governador democrata Gray Davis [que depois da crise de energia do ano passado, não tem jeito que vai ser reeleito], e três republicanos, Richard Riordan, Bill Jones e Bill Simon. Essa Primary vai eleger dois candidatos. Eles fazem as pequenas propagandas se vangloriando e algumas atacando os adversários. Nada de novo. E ainda tem outras pessoas concorrendo pra diversos cargos e as propositions 40, 41, 42, 43, 44 e 45, cada uma propondo mudanças na lei relacionada a algum tema [a 42, por exemplo, propõe que as taxas geradas pela venda de gasolina e diesel sejam revertidas para projetos e manutenção na área de transportes.]. As pessoas poderão votar SIM ou NÃO para essas propositions. Parece tão complicado e intricado para quem não está envolvido no buxixo. Mas eu quero entender a engrenagem, para quando eu puder votar, estar sabendo como tudo funciona.

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kids from the dry planet

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A ventania começou ontem à noite e ainda não parou. Todos que estavam felizes com o tempo primaveril tiveram que se embrulhar nos casacos novamente. É sempre assim, quando você pensa que já não vai mais esfriar ou esquentar, acontece uma surpresinha.
Os caras do management ligaram sem querer o timer dos sprinklers da grama do playground. Então às 2 horas da tarde, quando as crianças voltavam do descanso e trabalhos de pre-k, foram pegas de surpresa pelo aguaceiro. Elas ficam histéricas. Água é uma coisa fascinante para as crianças. Já viram como elas reagem a uma poçinha, uma chuvinha, um rio, o mar, um aquário? E se tiver areia ou terra envolvidos, pra formar uma meleca, uma lama, melhor ainda! Por duas tardes consecutivas tivemos esse problema dos sprinklers ligarem automaticamente às 2pm. No segundo dia a água me pegou no meio do gramado. As crianças do pre-k. que estavam em fila na porta esperando para se soltarem como uma manada enfurecida no playground, tiveram um espetáculo extra: a professora grandona e desengonçada pulando como uma cabrita, para fugir dos esguichos. Eu vi através do vidro um monte de dentes e bocas abertas, rindo de chorar! É pra isso que servem certas professoras – pra oferecer entretenimento para essa criançada!
O duro é manter os fulaninhos longe da água. Normalmente os sprinklers têm um timer ajustado pra dez minutos. É um tempo enorme, interminável, quando você não pode nem colocar um dedinho no liquido precioso e fazer uma festa. É tamanho o histerismo, que as professoras têm que instituir a ameaça de time outs pra quem se molhar. De onde vieram essas crianças que parecem que nunca viram água? They are all from the Dry Planet, of course!

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yes, i like it!

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Eu sou a versão brasileira do meu amigo canadense que era fã da Elis Regina.
Para os americanos que conhecem o Brasil e a música brasileira, eu sou uma pessoa exótica. Eles se acham muito chiques e bacanas por conhecerem e entenderem a música de outro país. Eles se destacam do americano mediano e comum. Mas eles se surpreendem e acham realmente estranho e engraçado quando o oposto acontece. Muitos olham pra mim e não entendem como eu posso não ouvir MPB e amar Bob Dylan e Robert Johnson. Uma brasileira que gosta do tradicional blues rural é um achado fantástico. Eles fazem com que eu me sinta um monstrinho verde salpicado de bolinhas roxas, tentando me enturmar no grupo e me sentir igual a todo mundo.

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o passado não condena