palmas pra ele!

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O escritor e diretor Michael Moore fez duas apresentações com lotação esgotada no Mondavi Center, ontem aqui em Davis. E deu um show, com direito a vídeo no telão, introdução feita por figuras de papelão de Sadam e Bin Laden, música de piano e cantoria. Depois da parte mais leve e divertida, entrou logo nos assuntos que todos estavam lá para ouvir: republicanos irritados, democratas chorões e Bush. Moore falou por duas horas e foi aplaudido o tempo todo. Ele fala muita coisa generalizada e pinta uma caricatura muito feia do povo americano. Mas a intenção é mesmo chocar, fazer pensar, mexer com o que está acomodado. Neste momento, o país precisa de alguém como ele, pra mostrar que o povo americano não é um bando de carneirinhos, abaixando a cabeça e concordando com o seu presidente maluco. E pelo visto, muita gente está com Michael Moore. Pelo menos os integrantes das duas sessões [quase quatro mil pessoas] da sua apresentação da segunda-feira no Mondavi Center.
No final da palestra, antes de abrir o microfone para perguntas e a fila para autografos no seu livro, Moore fez uma brincadeira para provar como a educação dos americanos está deixando à desejar. Chamou um canadense no palco [uma menina de Saskatoon, Saskatchewan – iurrru!] e três americanos estudantes nota A aqui na UCDavis. Ele explicou pra platéia que nas trinta e uma apresentações anteriores que ele fez pelo país, todas as vezes o canadense venceu os americanos. Ele concluiu – o canadense mais burro dá de dez nos americanos mais inteligentes. E foi perguntando coisas assim:
[pra canadense] qual o nome do presidente dos EUA?
[canadense] George W. Bush
[pros três americanos] qual o nome do primeiro ministro do Canadá?
[três americanos] ???????
[pra canadense] qual a capital dos EUA?
[canadense] Washington, D.C.
[pros americanos] qual a capital do Canadá?
[três americanos] Montreal? Quebec?????
Com outras perguntas de geografia mundial [países que fazem limite com o Iraque e Alfaganistão], Moore provou que tem alguma coisa errada com a visão que o americano tem do mundo. A brincadeira é boba e não mede inteligência, mas mostra o quanto a América está precisando expandir seu território em termos mentais.

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