Games

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Eu não sabia que iríamos ter meia hora de brincadeiras no treino de natação de ontem. Fui inocentemente, sem saber o que me esperava. No meio do treino, o coach nos dividiu em vários times de quatro pessoas. Eu fui pela primeira vez para a raia dos mais rápidos [que emoção!] e me juntei à três exímios nadadores. Me senti uma pateta total, mas o que eu posso fazer além de pedir desculpas por ser lenta [e ruim] e usar o argumento de que só estou nadando há três semanas, depois de um hiato de quinze anos, para justificar minhas fraquezas?
As brincadeiras instituídas pelo coach eram todas competitivas, claro. Felizmente nenhum time estressou quem estava ganhando ou perdendo, mas eu notei que meu time chegou em últimíssimo lugar num dos jogos, por minha exclusiva culpa. Me atrapalhei toda, até esqueci de colocar os goggles e nadei como uma anta… ou como uma hipopótama.
Tivemos que nadar cachorrinho [fácil] com a cabeça pra fora da água. Depois com um braço levantado e depois com uma perna levantada. Meu coração estava saíndo pela boca, com o esforço físico que tive que fazer. Depois teve corrida [25, 50, 35 e 75 yards – eu fiz o 25!], braços com nadadeira e estilo underwater. No último eu fiquei tão confusa e cansada que juro que achei que iria ter um treco no meo da piscina, na frente de todo mundo…. Mas eu sobrevivi. Agora vou ficar de olho, pois na próxima vez que tiver ‘games’ na programação, posso ficar prevenida ou mesmo cogitar a idéia de faltar no treino.
Refletindo sobre o meu pobre desempenho olímpico, pensei nas senhorazinhas que vi no vestiário, saindo do treino dos seniors . Uma delas, de mais de noventa anos, dizia que capricha nos treinos e uma outra, de uns oitenta, elogiava a primeira, dizendo que gostaria de nadar tão bem quanto ela. E eu reclamando que não consigo terminar os 50 yards sem uma paradinha e com medo dos joguinhos competitivos. Que cagonilda, fracola e molenga!!!!

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o passado não condena