torta na cara
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Quando o telefone toca no meu plantão na International House de Davis eu sempre atendo com um gentil bom-dia-como-posso-ajudá-lo? Nem sempre as coisas correm bem. Alías, quase sempre eu dou uma derrapada, falo ou faço algo inapropriado. Hoje não foi diferente. Fiz tamanha confusão com um telefonema para o diretor da casa, que me vi de repente protagonizando uma verdadeira cena de filme pastelão. Corri do meu desk pra sala do diretor três vezes. A pessoa disse nome e sobrenome, mas eu não gravei – isso é um problema que eu só resolvo se consigo escrever o nome num papel imediatamente. A pessoa disse o que queria, mas eu esqueci o que era no momento que abri a porta e olhei pra cara do diretor. Fui, voltei, fui, voltei, nem eu sabia mais o que estava fazendo. Resolvi anotar o recado, porque não entendi o sinal com a cabeça que o diretor fez – vai ou não vai atender a pessoa? Qual é o seu número? Setecincoseistrintaenovevintecinco. Qual é o seu nome outra vez? Zyx. Como? Zyx. Ah, Xyz? Não, é Zyx. Xzy? Z-Y-X!
Pedi tanta desculpa, me senti uma total imbecil. Depois fiquei rindo sozinha, como uma bestanhoca. Contei pras pessoas que eu não tinha entendido o nome do tal cara. Por quê? Era um nome estrangeiro? Complicado? Cheio de consoantes?
Não, o nome do cara era BOB…..
16 Comments
😀
Olá, Fer! Tive uma indicação muito especial do seu blog e estou aqui pra conferir… Adorei… Esta história chamou minha atenção, especialmente, porque também sou muito atrapalhado… Certa vez, estive na Califórnia e acabei tendo a maior briga com uma colega de viagem porque eu decidi não visitar Alcatraz… Depois da briga, resolvi ir sozinho e comprei a tal “trip” pelo fone… Detalhe: eu não falo quase nada de english… Depois de muito papo, conseguir soletrar meu nome e fui pra Alcatraz, sozinho… Vingança… ehheeh. Um prazer passar por aqui. Visite o meu blog tb. http//pontesdisfarcadas.zip.net.
Sabe qual e minha vantagem? E que eu trabalho com muitos alunos chineses e, quando eles ligam, eu entendo melhor que os americanos. E depois eles teriam que soletrar o nome deles pra qualquer ser vivente mesmo. Agora quando o nome e americano, eu me apatralho toda!
Fer,
Desculpa o incômodo, mas é que sempre vejo no meu contador algumas entradas provindas do teu blog e não consigo achar o tal link. Você tem idéia do caminho percorrido por estas pessoas? hehehehe Curiosidades internéticas.
Cheiro,
Fer, tudo bem?
Voltei aqui de passagem, e lembrei de uma amiga, conversei com ela anteontem, a filha dela, a Fernanda, está num intercambio de trabalho, sem lugar para morar (aluguel subiu devido temporada de inverno). Ela está em Sacramento, Vc pode ajudar? Fica perto daí?
Obrigado, Jônice
Esse apavoro telefônico me lembrou um dia em que tive que fazer uma ligação para o Japão e completamente esqueci do fuso horário. 3 da manhã e eu pedindo cópia de passaporte… a sonolenta e paciente mulher berrou comigo até em chinês. Ficou aí a lição!
Beijóns
Eita, você deveria estar meio sonolenta…
Fer, você não existe!
Rolei de rir.
Beijo.
A primeira vez que eu trabalhei atendendo telefones, nos EUA, nos idos de 93, eu também me senti assim mesmo, parva. Como não tinha experiência de recepcionista, eu primeiro passava direto a ligação pruma chefona sem perguntar quem era; ela reclamou, e na próxima ligação, quando eu perguntei quem o cara era, qual o assunto, etc, era o marido dela… Ou seja, não dei uma dentro… Mas com o tempo você acostuma, fica sabendo as preferências do chefe, pede pra pessoa ligando soletrar o nome, dizer de que empresa é, anota tudo, etc…
Ha! Ha! Ha! Ha! Sei que nao foi engraçado na hora mas lendo agora, nao posso me impedir de dar uma boa gargalhada.
hahaha
Isso me lembrou uma vez que um cara ligou na empresa e o nome dele era “Aeromar”. Eu tive uma crise de risos daquelas que dura o tempo suficiente pra fazer a gente se sentir um besta. Convenhamos…o nome nem era tão engraçado.
😉
Hahahaha Adorei, Fer! Quando eu crescer quero ser como vc, uma pessoa que sabe rir dos seus defeitos e não dar muita importância para eles (sem ironia!). Beijoca.
Não é mole não. Tá estressada, Fer?
Hahhahahaha
No trabalho eu fico com um bloco do lado do telefone. Assim que a pessoa se identifica, eu anoto. Senão, não lembro nunca mais! E tudo que meu chefe me passa, eu anoto também. As pessoas me acham super-organizada, mas faço isso porque sempre que não anoto, esqueço. Quero ver o que será de mim aos 70 anos, não vou lembrar nem meu nome. 😉
HAHAHA
Quer me matar de tanto rir? 🙂
beijossssss
Bob!
Essa é boa, Fer.
Sabe, eu sempre dou risada, porque meu pai anota tudo. E ele sempre está tudo certo. Eu, quase não anoto e se não anotar… esqueço. Fico muito puto com essa minha cabeça de vento, mas eu até me divirto. Já fiz muito disso, que você descreveu, de ir e voltar várias vezes. O jeito é rir e aproveitar.
Liga não, que os esquecidos e distraídos, são os mais felizes. Beijos,