no bazar do jesus cristo
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Eu não frequento locais muito finos quando se trata de fazer compras. Tenho um vício horrível, que me leva à lojas populares e de ponta de estoque quando quero olhar roupas, sapatos, coisinhas pra casa. Se eu frequentasse as boutiques hip da minha cidade ou as lojas de departamento chics da região e apenas de vez em quando baixasse numa loja brega, tudo bem. Mas meu circuíto é composto quase que totalmente por essas lojas, eu quase que só compro nelas, eu não me dou opção.
Então, por castigo, toda vez que eu tenho os meus acessos consumistas, tenho que aguentar certas chatices. Os frequentadores dessas lojas formam uma fauna bem variada, que incluí desde figuras moderninha procurando por coisas diferentes, até pessoas super simples procurando apenas por barganhas e que vão sempre às compras com a filharada. Esse é o detalhe que me perturba: a filharada.
Não tem uma vez que estou lá no meio das araras, empurrando as centenas de cabides da esquerda para a direita ou vice-versa na esperança de achar aquela peça maravilhosa por um preço sensacional, que não esteja acontecendo algum imbróglio infanto-juvenil nas premissas. Tem sempre um bebê se esguelando de tanto chorar com a cara vermellha e sendo carregado por uma mãe se fazendo de tonta e que não está ouvindo a choradeira, enquanto contínua fazendo compras com a maior tranquilidade como se nada estivesse acontecendo. Tem sempre crianças pentelhas perdidas, chorando ou correndo pelos corredores, berrando, brigando entre si, e a mãe sempre gritando lá do outro lado da loja – fulaninho, pára já com isso, vem pra cá, tira a mão daí, chega, se você não vier vai ver só, cala boca, você vai levar uns cascudos – e eteceterá. Quem já não presenciou cenas assim? Comigo é toda vez… Parece praga, pagamento de carma, e justo comigo que nunca levei meu filho em loja ou no supermercado. Eu ia sempre sozinha, porque criança não tem paciência, criança quer comprar tudo o que vê, criança quer brincar e loja não é bem um playground.
Fico profundamente irritada quando estou na minha concentração zen consumista e minha meditação e reflexão são interrompidas por gritos e choros. Pior quando estou no provador e tem uma mãe com pelo menos três crianças socadas com ela, fazendo o que elas querem e podem fazer naquele local confinado. Vai me dando uma angustia. Mas a culpa é toda minha. Eu poderia estar fazendo compras num lugar mais sofisticado, mas a tentação da barganha é maior, então eu reviro os olhos, bufo, olho com cara feia pros lados, mas continuo lá, firme, empurrando os cabides pra esquerda ou pra direita e esperando achar aquela peça fabulosa por um preço inacreditável.
11 Comments
Garotona, pior do que isso é VIAJAR com criança pentelha. Já enfrentou um vôo de 12 horas com um catarrento chorão? Isso sim é tarefa árdua!
😉
hahaha Fe!
Você ia amar ver Pedro e Rafael se estapeando em qualquer local como esses. hahaha Quando menores era pior ainda – parecia que iam acabar com as lojas… Mas, fazer o que? Muitas vezes é inevitável levarmos os pentelhinhos. risos
beijos
Leila, nem me fale em Anthropologie…. oh!!!!!
Nina, ha ha ha, realmente em certas epocas do ano [como Natal] ainda tem a musica pra enlouquecer as barganhentas! Durante o resto do ano ainda se aguenta, as musicas nas lojas nem sao tao ruins, mas no Natal eh de lascar. Eu desanimo de olhar as coisas e saio da loja deprimidissima…. 😉
beijao!!
Poderia ser pior… Já pensou passar por tudo isso ouvindo música brega, ainda por cima?
É o que acontece comigo. Só não aproveito mais as barganhas porque em dado momento tenho que sair correndo pra não enlouquecer.
Criança chorando me incomoda menos. Mas mãe gritando é insuportável!!!
🙂
Ha ha ha, Flá, esse comentário foi ótimo. Anthropologie é super cara mesmo, mas irresistível. Ainda bem que não tem nenhuma aqui em Sacramento nem Davis. No entanto, eu recebo o catálogo. Ainda não comprei online, mas cheguei perto.
Li, fico feliz de ler isso outra vez!!
Leila, realmente quem quer economizar tem que ralar.. No wal-mart e target eu ainda entendo a presenca da familhada, mas em lojas pequenas como Ross e Marshals eh de lascar…
Flá, walgreens e paylessshoes ja eh demais, hein? pisc! 😉
Megui, tambem tinha essa mah impressao da ross… mas que surpresa, hein? melhor ainda eh a marshals, eu nao saio de la [ai que brega!]. eu tambem adoro criancas, sou mae, fui professora e nao tenho nada contra os pequeninos, mas em loja nao dah.. e comigo nao importa o dia nem a hora, tem sempre um dando baixaria…
Silvana, mas que falta de senso de humor!
Beijos!!
Que falta de amor!
Crianças são as coisas mais especiais que já vi ou tive conhecimento são anjinhos de Deus não importa se chorando ou fazendo bagunça.
Sei como é isso. Antes eu jamais entrava no Ross. Aí aos poucos fui tomando coragem e hoje encontro coisas ótimas por lá. Mas só vou bem cedo e no meio da semana. Eu gosto de crianças mas não gritando em lojas ou aos prantos. No final do dia metade dos produtos estão no chão.
Eu tento não ser assim mas acho que fico com cara de metida nesses lugares.
hohoho
eu sei exatamente o q é isso.
deixei two hundreds no walgreens.
comprei um tenis fabuloso por 6 dollars no paylessshoes.
mas entrei na anthropologie e… pirei. loja de rico, roupa de rico, bobagens de rico e eu, terceiro-mundista, paguei no amex que só vem mês q vem.
god save us.
As lojas caras oferecem um ambiente tranqüilo e sofisticado para suas compras. No entanto, os preços podem te causar um rombo financeiro e uma futura úlcera. Já as lojas populares são stress-inducers na hora da compra, mas evitam futuros aborrecimentos por falta de grana. Então, o consumidor é que tem que optar.
Fer, o problema das lojas de departamento quanto à presença da filharada, é que elas trazem muitos artigos infantis (roupas, sapatos, brinquedos). Torna-se um “programa familiar” ir pra Target ou Wal-Mart, na falta de uma praia ou coisa que o valha.
sabe, fer, acho que já tinha dito isto de outra forma há muito tempo atrás, mas os seus escritos me fazem sentir como se a vida fosse assim… mais aconchegante…
deu pra entender? 🙂
um beijo