qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência

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Desde o primeiro dia de existência deste blog que meu e-mail carrega uma assinatura com o link do fezocasblurbs.com e com o convite – leia o meu pensamento. Quando eu criei essa assinatura, acreditei que tivesse conseguido resumir nela o que seria esperado encontrar neste meu pequeno espaço.
Aqui pode-se ler o que eu penso das coisas que eu vejo ou experiencio, minhas reflexões no chuveiro e na piscina, minhas histórias e opiniões, pedaços do meu cotidiano transformados em mini-crônicas. Este blog nunca pretendeu ser um relato exato das minúcias da minha vida, nem um relatório do que eu faço ou deixo de fazer. Ele também não é de maneira nenhuma um guia de como viver no exterior, nem de como fazer as coisas por aqui e não é uma sucessão de textos explicativos, nem é informativo, nem didático, não pretende ensinar nada pra ninguém, nem explicar minímos detalhes com descrições minuciosas, álbum de fotos e receitas passo-a-passo.
Meus textos podem ser tanto um simples fluxo de pensamentos desconectados, como tentativas de escrever coisas mais elaboradas. Eu normalmente uso uma situação que vivenciei ou que presenciei como base para escrever. Arredondo e corto arestas, não preciso entrar em mil detalhes explicativos, porque apenas alguns fatos daquele acontecimento interessam para dar fluidez para a história.
Sempre senti a necessidade de escrever sobre isso, porque muitas e muitas vezes leio comentários deixados aqui que me fazem ficar matutando – mas o que essa pessoa entendeu do que eu escrevi? por que ela está comentando uma coisa que não tem nada a ver com a história? O que geralmente acontece é que as pessoas lêem o texto e tiram conclusões baseadas em informações que NÃO estão expostas, não ficaram explicitas, não foram detalhadas, porque não eram importantes para a história. Então baseadas na falta de informação passam a dar conselhos, palpites e dicas e se põe a fazer analises, como se aquele texto refletisse exatamente a minha vida e os seus acontecimentos, e consequentemente essa exposição do particular concedesse uma permissão geral e irrestrita para a intromissão.
Acho que vou decepcionar algumas pessoas, mas quem realmente quiser me conhecer e saber da minha vida, o que eu realmente faço no meu dia-a-dia, o que aconteceu nas minhas viagens em detalhes, o que o meu marido faz ou deixa de fazer, as histórias do meu filho, meu cotidiano exatamento como ele acontece, vai ter que fazer amizade, conversar comigo e participar um pouco da minha rotina particular. O blog mostra uma pontinha de quem eu sou, mas definitivamente não é somente me lendo aqui que alguém vai ficar por dentro da verdadeira maionese.

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  • CLAP! CLAP! CLAP!
    Fer, esse seu texto poderia entrar num canto em destaque, mais ou menos como o meu “Disclaimer”, sabe?
    Adorei.
    Aliás, um bocó escreveu uma idiotice sem tamanho num post seu lá da França. Já apagou aquele comentário? Sabe do que estou falando?
    Depois te escrevo mais. Vamos papear no findi?
    BEIJÃÃOOOO!

  • Bueno, de volta e pelo jeito… eu pensava que isso que escreveste era pra ser o padrão, mas parecer que tem gente que não entende assim Belo texto, Fer. bjs

  • Quando eu digo que adoro discreçao ainda tem gente que olha pra mim com cara de ET. Entendo perfeitamente o que você està dizendo, Fer. Tem gente que nao se toca mesmo e infelizmente nao é um mal unicamente brasileiro, nao.

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o passado não condena